"Mais de metade das reformas da CGA foram antecipadas" pode ler-se no DN do dia 23 de julho. E a notícia concretiza: "das 23300 novas pensões de reforma atribuídas pela CGA o ano passado, 12911 foram antecipadas. O corte médio foi de 12,3%". Mais à frente, ficamos a saber que "entre 2011 e 2014 reformaram-se antecipadamente 41634 funcionários públicos".
Esta notícia sugere vários comentários: que razões estarão a empurrar tantos funcionários públicos (admite-se que boa parte deles são docentes) para a aposentação antecipada a custo de fortíssimas penalizações? Certamente a insatisfação com a profissão ou pelo menos (no caso dos professores e educadores) com as condições em que ele é exercida. Mas também a insegurança (mesmo medo) face ao futuro, fruto das constantes alterações legislativas, piorando em cada ano as condições exigidas para o acesso "normal" à aposentação. É imprescindível que o próximo governo (esperemos que não seja o mesmo!) estabilize a legislação e melhore as condições de trabalho dos docentes. Recordemos a exigência da FENPROF:de imediato: aposentação sem penalização aos 40 anos de serviço, independentemente da idade. E lutar pela aposentação aos 36 anos de serviço!
António Avelãs