Artigo:“Maioria quer escola em setembro, com pandemia actual”

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“Maioria quer escola em setembro, com pandemia actual”

Marta Moitinho Oliveira analisa na página 14 do diário Público de hoje, 20 de julho, o inquérito feito pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica. Globalmente, os dados não se afastam do que é já amplamente conhecido. Mas merece referência que a maioria referida no título da notícia (reproduzido no título desta nota) só é possível somando os 27% que respondem que enviariam os filhos para a escola de certeza (em Lisboa, apenas 22%) aos 34% que respondem que o fariam provavelmente. É, pois, uma maioria um pouco conjuntural.

Um outro dado a relevar é que 48% dos pais com filhos em idade escolar preferem uma situação mista que junte ensino presencial e ensino a distância. Mas não há ainda ideias claras de como se poderá fazer tal situação mista. Obviamente, esta situação mista, segundo o texto de Marta Oliveira “é particularmente defendida pelas pessoas mais escolarizadas.” (…) “Um sinal de que a escolaridade dos pais tem uma forte influência na decisão sobre o ensino à distância”. Diria eu que o mesmo se verificará nos que preferem o ensino totalmente à distância - são certamente os mais escolarizados, os que podem ficar em teletrabalho, os que têm tempo e condições para ajudar os filhos e que provavelmente se “estarão nas tintas” para o facto de que tal situação aprofunda ainda mais as desigualdades sociais na nossa escola pública. E que, se necessário podem pagar a explicadores.

António Avelãs