Artigo:Jornadas Pedagógicas 2014 . Direção Regional de Lisboa

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Jornadas Pedagógicas 2014

Direção Regional de Lisboa

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Ações

Ação nº 1 - Livros a Gosto – 31 de janeiro

Raramente nos lembramos de que um livro é um objeto e, como qualquer outro objeto, pode variar na sua forma.

Na maioria das vezes o livro tem o aspeto a que nos habituámos, uma capa e uma contracapa e no meio "papéis pintados com tinta". Apesar de ser esta a forma mais usual de um livro, ele pode assumir outras a nosso gosto desde que cumpra a sua função primordial: Proporcionar a leitura.

O próprio texto sugere muitas vezes a forma do livro, permitindo uma leitura quase imediata do que será o seu conteúdo. Ou não, pois podemos brincar com o efeito surpresa.

A minha proposta é uma reflexão prática sobre como podemos, através da forma do livro que depende e varia de acordo com o seu conteúdo, levar os alunos a ler, a escrever e a produzir os seus próprios livros, criando a curiosidade e o gosto pela leitura e pela escrita.

 

Ação nº 2 - Para lá do texto! Workshop de Escrita Criativa 5 e 19 de fevereiro

Vamos, este ano, andar à volta dos textos, para descobrir o que está para lá deles. Nenhum participante será confrontado com uma folha de papel em branco (como já sabe quem frequentou no ano passado esta ação), mas sim com um constrangimento ou um estímulo que o “empurre” para situações criativas, para a elaboração de conflitos geradores de histórias, para a construção de personagens. Este ano vamos olhar para os textos e descobrir-lhes outros lados, outros segredos, vamos mexer-lhes. Duas tardes à volta das palavras, das cumplicidades e dos sorrisos.

Conteúdos:

A Escrita Criativa como trampolim para a descoberta de nós mesmos

. O diálogo e a linguagem não-verbal

. Os contrários e o texto para lá do texto

. Ritmo do texto e depuração da linguagem

 

Ação nº 3 - Oficina de Danças Tradicionais Portuguesas – 26 de fevereiro e 12 de março

6 Danças Tradicionais sendo 4 do Programa da disciplina de Educação Física – Malhão (Minho) Regadinho (Minho e Beira Litoral), Vai de roda, siga a roda (Beira Alta) e, Erva Cidreira (Ribatejo).

As aulas serão acompanhadas ao vivo pela acordeonista Ana Paula Tavares acompanhadora da Disciplina de Danças Tradicionais Portuguesas na Escola de Dança do Conservatório Nacional.

 

 

Ação nº 4 - Sensibilização para as questões da Igualdade de género – 27 de fevereiro

I – A realidade da situação dos homens e das mulheres no mercado de trabalho.

1. A atividade laboral e a vida familiar;

2. Os desequilíbrios nos processos de tomada de decisão na esfera pública e na esfera privada.

II – Reflexão sobre a realidade e falar do mesmo

1. O Natural e o cultural (conceitos de sexo e género);

2. Os papéis sociais desiguais em função do sexo (conceitos de igualdade, desigualdade, diferença, papéis sociais de género).

III – A Igualdade de género no quadro da Responsabilidade Social e dos princípios e valores assentes nos direitos humanos.

Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego

Rua Viriato, n.º 7

1050-233 LISBOA

Transportes: Metro: Linha Amarela – Paragem Picoas – saída Rua Andrade Corvo

BUS: 727; 83; 36; 738; 745; 44; 30.

 

Ação nº 5 - Oficina de Cerâmica no Atelier do Ceramista - António Vasconcelos Lapa – 14 e 28 de março

Construção de uma peça em grés com as técnicas tradicionais da cerâmica.

 - Cozedura de peça;

- Vidragem, pintura e cozedura fornal.

1º sessão – execução da peça

2ª sessão – vidragem e pintura

www.avlapa.com

 

Ação nº 6 - Projeto Curricular ou Plano de trabalho de turma? – 17 de março

Com esta ação, pretende-se, a partir da prática e dos conhecimentos já adquiridos pelos formandos, contribuir para a compreensão das diferenças existentes entre os Instrumentos de Planeamento atualmente exigidos pelo Ministério da Educação, de acordo, apenas, com a Rede onde o educador de infância exerce a sua atividade docente, tendo em vista um maior entendimento do que se lhe pede e uma maior consciencialização do seu trabalho.

Assim, ainda que de forma resumida, abordar-se-ão, partindo da experiência dos formandos e numa metodologia de interação entre todos os intervenientes, as principais questões ligadas ao PCT e ao PTT, acentuando as diferenças conceptuais entre cada um destes instrumentos.

 

 

Ação nº 7 - Oficina de Disciplina Positiva – 8 e 15 de maio

Objetivos a desenvolver na Oficina do dia 8 de maio

Estabelecer o conhecimento entre os participantes. Realçar as semelhanças e as diferenças de cada um. Reconhecer a singularidade de cada ser humano.

Ajudar os professores a perceberem o valor de serem amáveis e firmes ao mesmo tempo.

Introduzir as quatro finalidades incorretas do comportamento para que os professores se familiarizem com os sentimentos que têm em relação a certos comportamentos dos alunos.

Compreender a mensagem escondida por detrás do mau comportamento. 

Objetivos a desenvolver na Oficina do dia 15 de maio

Ajudar a perceber a diferença entre encorajamento e elogio, assim como o efeito de ambas as abordagens, tendo em vista os resultados a longo prazo.

Entrar no mundo da criança e aprender a ouvi-la e assim saber conduzi-la.

Compreender as reuniões de turma como um meio para ensinar importantes capacidades de vida.

Ajudar os professores a compreenderem que as pessoas têm diferentes perspetivas de vida, o que afeta a forma de responderem aos desafios que lhes são apresentados

 

Ação nº 8 - Origami: dobragens em papel – 20 de março

Supõe-se que o papel tenha sido inventado na China no século I d.C.. Desde essa altura que o Homem obtém inúmeras formas pela simples dobragem de papel. No século VI d.C. os monges budistas levaram esta prática para o Japão onde se tornou muito popular dando origem ao Origami, a arte de dobrar papel. A palavra japonesa Origami provém de dois caracteres japoneses. O primeiro, Ori, deriva do desenho de uma mão e significa dobrar. O segundo, Kami, deriva do desenho da seda e significa papel, espírito e Deus. A difusão do Origami na Europa deve-se aos muçulmanos que a praticavam e a levaram para Espanha onde é chamada de Papiroflexia.

Todos nós já dobramos uma folha de papel, no entanto são poucos os que dobram intencionalmente com o intuito de estudar as ideias que lhe estão associadas. A dobragem de papel é uma atividade que é tanto recreativa como educativa. Nesta sessão pretendemos dar a conhecer aos  interessados uma técnica que poderá ser explorada de modo a reconhecer propriedades geométricas, espaciais, artísticas, ou de reciclagem.
 

Visitas

Visita nº 9 - Lisboa Medieval: Percurso da Cerca Velha segundo a “crónica da conquista de Lisboa aos Mouros em 1147 – 8 de fevereiro

Lisboa nasceu na colina onde hoje vemos o castelo de S. Jorge e estendeu-se, ao longo da Idade Média, pelas suas vertentes norte, sul, oeste e oriente!

A sua história urbana, o seu crescimento prende-se às vicissitudes e circunstâncias que a si trouxeram vários povos que no seu território procuraram implantar-se e prosperar. A sua urbanização é, pois, resultado das sucessivas ocupações militares e territoriais, entretanto, levadas a cabo. Entre elas, destacamos a ocupação romana, visigótica e muçulmana! Por fim, Lisboa foi, como toda a Península, cristã!

Data de 1147, um importante documento, uma carta de um cruzado inglês, dá-nos conta da tomada de Lisboa aos Mouros, por comando de D. Afonso Henriques! Neste interessante e importante relato, ficámos também a conhecer a estrutura da cidade circundada por sua ”cerca”  ou muro que então defendia a cidade: “ A norte do rio está a cidade de lisboa, no alto dum monte arredondado e cujas muralhas, descendo a lanços, chegam até à margem do Tejo, dela separado pelo muro” (cf. “Conquista de Lisboa aos Mouros em 1147”, Livros horizonte, p.31)

Após os episódios de conquista, perda e reconquista, houve necessidade de se fortificar e proteger o espaço habitado pelas populações que aí se iam fixando! O castelo com sua alcáçova e toda a semiperiferia urbana seriam envolvidos por nova “cerca”, para garantir a posse e a defesa da urbe!

Seguindo, então, esta descrição e a obra de “Cerca Moura” de Vieira da Silva, iremos à descoberta da lisboa moura que se fez cristã, reconhecendo a sua estrutura urbana, vendo os troços da muralha ainda existentes, adivinhando os que estão ocultos; percorrendo ruas, ruelas, azinhagas, becos; atravessando arcos, portas; observando chafarizes; descansando nos largos, pátios ou campos; distinguindo edifícios pela sua estrutura e tipologia de construção deste núcleo populacional que se viria a tornar, séculos mais tarde, a capital do reino!

Ponto de encontro:
Rua dos Fanqueiros, 170-175, Elevador Castelo de S. Jorge

 

Visita nº 10 - Museu de Artes Decorativas Portuguesas e Oficina de artes e ofícios da Fundação Ricardo Espírito Santo – 13 de fevereiro

A FUNDAÇÃO RICARDO DO ESPÍRITO SANTO SILVA

é uma instituição de direito privado de utilidade pública criada em 1953 pelo Estado resultante da doação do Palácio Azurara e de uma colecção de artes decorativas, por Ricardo do Espírito Santo Silva. Tem por missão a defesa, promoção, divulgação e transmissão da arte de saber-fazer nas artes decorativas – património móvel e integrado – nas suas vertentes museológicas, académicas, oficinais e de conservação e restauro.

Redefinindo o seu papel relevante no contexto cultural da sociedade portuguesa, a FRESS tem em funcionamento as seguintes estruturas:

. O Museu de Artes Decorativas Portuguesas - para além da conservação, exposição e investigação das obras expostas, dá uma atenção especial à divulgação das artes e ofícios tradicionais portugueses junto de variados públicos, conciliando visitas guiadas ao Museu e às Oficinas e realizando conferências e ateliês temáticos oficinais.

. A ESAD - Escola Superior de Artes Decorativas – vocacionada para o ensino artístico integrando a sustentação teórica e artística com a forte experimentação técnica e profissional, nos domínios do design de interiores e de mobiliário, investigação e conservação e restauro em torno das artes decorativas;

. O IAO - Instituto de Artes e Ofícios - direcionado para uma formação profissionalizante, nas áreas das artes e ofícios da madeira (marcenaria, embutidos e talha) e da pintura decorativa;

. 18 Oficinas de Artes e Ofícios tradicionais - para além das obras de restauro em peças antigas, produzem obras novas de elevada qualidade técnica e artística incorporando técnicas e métodos tradicionais aliando desta forma a tradição e a modernidade;

. O Departamento de Conservação e Restauro - produz trabalho de restauro e de conservação de património móvel e imóvel quer em laboratório quer em estaleiro.

Este original modelo orgânico cria uma relação dinâmica entre o Museu, as Escolas e as Oficinas e revela não apenas o espírito integrador e precursor que esteve na origem da criação desta Fundação, mas sobretudo o reconhecimento que hoje temos de que a dimensão artística e patrimonial deve ser indissociável da formação, qualificação e transmissão do saber-fazer, em si mesmo uma mais valia patrimonial que hoje tem sido alvo de preocupações de salvaguarda por parte dos governos e da UNESCO.
http://www.fress.pt/

 

Visita nº 11 - Exposição “Paisagem Nórdica do Museu do Prado” – 21 de fevereiro

Primeira Exposição do Museu Nacional do Prado em Portugal

Lisboa, Museu Nacional de Arte Antiga

“Rubens, Brueghel, Lorrain.

A PAISAGEM NÓRDICA DO MUSEU DO PRADO”

“…Esta exposição encontra-se dividida em nove núcleos, correspondentes às diversas tipologias da paisagem, surgidas na Flandres e na Holanda: “A Montanha: encruzilhada de caminhos”, “O Bosque como Cenário: a vida no bosque, o bosque bíblico e a floresta encantada, encontro de viajantes”, “Rubens e a Paisagem”, “A Vida no Campo”, “No Jardim do Palácio”, “Paisagem de Gelo e de Neve”, “Paisagem de Água: marinhas, praias, portos e rios”, “Paisagens Exóticas, Terras Longínquas” e, ainda, “Em Itália Pintam a Luz”.…”

In: http://www.museudearteantiga.pt

 

Visita nº 12 - Palácio, Jardins e adega do Marquês de Pombal – 15 de março

 

O Palácio Marquês de Pombal e Jardins constituem um dos conjuntos patrimoniais mais notáveis do Concelho de Oeiras, classificado como monumento nacional desde 1940. Este conjunto faz parte integrante da antiga Quinta de Recreio da família Carvalho, propriedade formada por vários casais e quintas. A sua construção decorre durante o século XVIII e articulava os espaços de recreio e de lazer da casa de campo aristocrática, com os da proveitosa e experimental exploração agrícola. Trata-se de uma obra de família, espelhando a vontade e o empenho de Sebastião José de Carvalho e Melo (herdeiro do morgado) e dos seus dois irmãos Francisco Xavier de Mendonça Furtado e Paulo de Carvalho e Mendonça.

http://www.cm-oeiras.pt/voeiras/Turismo/MonLugHist/Paginas/PalacioseQuintas.aspx

 

Visita nº 13 - Património museológico de Belmonte - 29 de março.

Visita ao Museu dos Descobrimentos/ Museu do Azeite

Paragem para o almoço.

Visita à Igreja de Santiago e Panteão dos Cabrais/ Museu Judaico/ Ecomuseu do Zêzere

Passeio no Comboio Turístico (ida a Centum Cellas).

Com ampla vista sobre a encosta oriental da Serra da Estrela e sobre o vale formado pelo curso médio do rio Zêzere, Belmonte justifica plenamente as características que lhe terão dado o nome. De facto, segundo a tradição, o nome Belmonte provem do lugar onde a Vila se ergue (monte belo ou belo monte) porém, há quem lhe atribua a origem de «belli monte» (monte de guerra).

A sua excepcional posição estratégica, não só de altitude, mas também como ponto de convergência de importantes vias (na época romana passaria por aqui a importante via que ligaria Mérida a Braga), a boa aptidão dos solos, a riqueza mineral, a proximidade a recursos hídricos, terão contribuído para que, desde os tempos mais remotos, populações se tenham estabelecido aqui.

O estudo da ocupação pré-histórica nesta região é ainda bastante incipiente. Os vestígios mais antigos que se conhecem no atual concelho são alguns monumentos megalíticos, concretamente antas, que remontam ao Neolítico Final / Calcolítico (nas Inguias, Proença Júnior identificou uma necrópole constituída por 7 antas, entretanto destruídas e em Caria, na Quinta da Anta, resiste ainda uma anta com a câmara e corredor, conservando ainda uma parte da mamoa). Já o povoado da Chandeirinha e S. Geraldo são locais que assinalam a presença humana durante a Idade do Bronze / Idade do Ferro.

É da época romana que se encontram com uma maior expressão os sinais de ocupação humana, em locais espalhados por todo o Concelho, destacando-se a villa da Quinta da Fórnea e a imponente torre de Centum Cellas.

A história de Belmonte começa a ser mais conhecida durante o período medieval. D. Sancho I concede-lhe foral em 1199, análogo ao da Covilhã, com o intuito de promover o seu desenvolvimento e povoamento.

É de D. Afonso III a autorização, concedida ao Bispo D. Egas Fafes, para construir uma torre em Belmonte. Já mais tarde, D. Afonso V doou o castelo a Fernão Cabral I, transformando-o na residência da família Cabral.

D. João I dá-lhe Carta de Vila, dando autonomia ao Concelho de Belmonte.

Mas não é só a história de Belmonte que merece uma visita, perca-se nos seus trilhos naturais e apenas desfrute!

Castelo de Belmonte

De traçado ovalado irregular (com duas portas), torre de menagem adossada pelo exterior no ângulo sudoeste e edifício anexo junto à porta principal de entrada, este posterior, dos séculos XVIII-XIX, o castelo de Belmonte é um dos monumentos mais emblemáticos da Vila.

Autores como o General João de Almeida mencionam que Belmonte teria tido uma primitiva ocupação castreja, referindo que no local onde se implantou o castelo medieval, teria existido um castro, no entanto, escavações arqueológicas feitas no local não revelaram quaisquer elementos desse período.

Em 1258 D. Afonso III autoriza o Bispo D. Egas Fafes, para construir uma torre em Belmonte, no entanto, o local onde depois se ergueu a Torre de Menagem e Castelo tinha já um sistema defensivo, do qual não restam quaisquer indícios.

D. Afonso V, em 20/9/1446, doou o castelo a Fernão Cabral I, para ele aí construir a sua residência. A própria torre de Egas Fafes, hoje restaurada na sua severidade primitiva, teve janelas que testemunhavam a adaptação do Castelo a residência dos Cabrais, assim como no pano de muralha oeste onde ainda é possível observar janelas panorâmicas e uma janela de estilo manuelino (atribuída a João Fernandes Cabral). Nesta altura, as funções militares do castelo foram secundarizadas, sem que se tenha registado qualquer melhoramento ao nível da arquitetura militar.

Em finais do século XVII, um violento incêndio consumiu a ala oeste do paço, conforme se constatou arqueologicamente. Esta circunstância terá sido decisiva para o processo de abandono do local e levará a família a procurar uma nova residência na Vila, que terá sido a atual Casa dos Condes.

Até à intervenção da D.G.E.N.M., na década de 40 do século XX, o processo de ruína do Castelo foi-se acelerando, acentuando-se o seu estado de abandono, o que não impediu que o seu recinto fosse utilizado para a realização de touradas.

Atualmente, no recinto interior do castelo pode observar-se um anfiteatro, funcionando também aqui o Posto de Turismo e loja da D.R.C.C. Na Torre de Menagem e edifício anexo funciona um museu onde se pode observar o material recolhido nas escavações.

Situada nas imediações do Castelo está a Capela do Calvário que data do século XIX e perto dela localiza-se a Capela de Santo António, do século XVI, mandada construir por D. Isabel Gouveia, mãe de Pedro Álvares Cabral.

Centro de Interpretação da Igreja de Santiago

Monumento de traço românico, que foi sofrendo modificações ao longo dos tempos, apresentando alguns elementos góticos e maneiristas. Tem planta longitudinal composta, com nave e capela-mor de planta rectangular.

Foi talvez construída em 1240, por intermédio de D. Maria Gil Cabral, por disposição de D. Gil Cabral, que refere no seu testamento que deixa todos os seus bens a D. Maria Gil Cabral, com a condição de esta construir uma capela dedicada a Nossa Senhora da Piedade. Dentro da igreja pode observar-se a dita capela e a estátua de Nossa Senhora da Piedade erguida por D. Maria Gil Cabral.

Em 1433 dá-se a edificação da Capela dos Cabrais, pelos pais de Pedro Álvares Cabral, no século XVI, a execução das pinturas murais e, em 1630, a remodelação da Capela dos Cabrais, por iniciativa de Francisco Cabral, reformando-se a fachada, construção do coroalto e repinte dos frescos.

Do lado contrário ao altar de Nossa Senhora da Piedade, veem-se os já referidos frescos, estes pelo menos de duas épocas. Vestígios de frescos mais completos, podem observar-se na Capela-Mor, onde se encontram vestígios de um tríptico constituído por figuras que representam Nossa Senhora, São Tiago (orago) e S. Pedro (que muitos dizem ser uma representação de Pedro Álvares Cabral).

Em ligação com esta igreja está o Panteão dos Cabrais, ainda em construção em 1483. A restauração deste deve-se a Francisco Cabral, primeiro Alcaide de Belmonte após a Restauração, como a ele se devem alguns dos túmulos renascentistas aí existentes (1630).

Um dos fenómenos mais intensos de toda a Idade Média foram as peregrinações realizadas ao túmulo do Apóstolo Santiago, em Compostela. Com a sua descoberta, entre 812-814, no designado Campus Stellae (Campo da Estrela), este local passou a ser um ponto de encontro espiritual para diversos povos da Europa.

Situada num dos caminhos portugueses de peregrinação a Compostela, a “Via da Estrela”, que aproveitaria a antiga via romana que ligaria Mérida a Braga, a Igreja de Santiago seria um local no qual os peregrinos encontrariam um conforto espiritual no decurso da sua jornada.

Museu À Descoberta do Novo Mundo - Museu dos Descobrimentos

 

Uma Terra, um Oceano, uma Epopeia, um Novo Mundo....

Em Belmonte iniciou-se a génese da Descoberta do Novo Mundo. Aqui nasceu Pedro Alvares Cabral, o descobridor do Brasil.

Foi pois com a intenção de homenagear este importante capítulo da História Mundial, que a Câmara Municipal de Belmonte levou a efeito a criação do Centro Interpretativo à Descoberta do Novo Mundo. Localizado nas antigas casas pertencentes à família Cabral, o espaço museológico é um novo pólo de centralidade cultural e social englobando diversos serviços de apoio: centro de documentação, cafetaria, arquivo, etc…

Trata-se de um projeto interativo, de sensações e afetos que transportará o visitante para uma história de 500 anos de construção de um país e da Portugalidade. Ao longo da estratégia expositiva aborda-se a história dos descobrimentos portugueses enquanto elemento unificador dos Novos Mundos, a viagem da Descoberta do Brasil, o desenvolvimento e a construção de uma nação irmã, a Portugalidade, etc…

É um projeto único em Portugal no qual são usadas as mais recentes tecnologias interativas ao serviço da museografia, de forma a envolverem os visitantes num “mundo de sonho, sensações e afetos”.

Museu Judaico de Belmonte

O contributo dos judeus para a história de Belmonte é indiscutível pela presença, ainda na atualidade, de uma comunidade e ainda pelos inúmeros vestígios deixados por comunidades anteriores. Por uma lápide pertencente a uma Sinagoga encontrada em 1910 e datada de 1297 sabe-se que já nessa altura haveria em Belmonte uma grande comunidade de judeus, organizada e estabelecida.

Como forma de homenagear esta comunidade e a sua história construiu-se o Museu Judaico de Belmonte, único no País e que se tornou um dos museus mais visitados na região, procurado por judeus oriundos de todo o mundo.

Trata-se de um projeto de musealização com mais de uma centena de peças originais, da Idade Média e dos séculos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX e XX, peças genuínas que foram utilizadas por judeus, cristãos-novos e seus descendentes, nos seus atos religiosos, na sua vida quotidiana e nas suas profissões.

Inscrição hebraica em granito da antiga sinagoga de Belmonte (Col. Museu Francisco Tavares Proença Júnior, Castelo Branco). Ano de 1297

E Adonai está no Seu templo sagrado, emudece perante Ele toda a terra (Tradução de: S. Schwarz).

Judiaria de Belmonte

Não se conhece muito acerca da primitiva presença judaica em Belmonte, no entanto, o contributo deles para a história da Vila é indiscutível, pela presença ainda na atualidade de uma comunidade de judeus, mas também pelos inúmeros vestígios deixados por comunidades anteriores.

Aquando da demolição da Igreja de S. Francisco, no Largo António José de Almeida, em 1910, foi encontrada uma pedra da primeira sinagoga de Belmonte datada de 1297. Pela lápide encontrada, sabe-se que Belmonte já teria uma comunidade de judeus, certamente importante e numerosa, pois só assim se justifica a presença de um local de culto.

A antiga judiaria de Belmonte situar-se-ia em torno da atual Rua Direita e Rua Fonte da Rosa (esta primitiva Rua da Judiaria). Ao cimo da Rua Direita, a norte, existe ainda uma praça, esta das mais antigas de Belmonte, que conserva muito da sua arquitectura primitiva. Nela podem observar-se pequenas casas de granito, térreas, com pequenas aberturas e com cruzes nas ombreiras. 

Museu do Azeite

 

O principal objetivo deste equipamento é dar a conhecer ao visitante as técnicas da produção do Azeite e a importância que este teve na economia local.

O Museu desenvolve-se em dois pisos, contando no exterior com uma área de lazer, com a preservação de um olival e onde se localizam a maioria dos suportes informativos, com os seguintes temas: "A Oliveira e a Civilização", "A Oliveira em Portugal", "Olivais da Cova da Beira", "A importância Ecológica do Olival", "Ciclo anual da cultura da oliveira e produção de azeite" e "Introdução à tecnologia do Lagar de Belmonte".

Este espaço é multifuncional, pois no seu interior pode funcionar um restaurante panorâmico, que se pretende de grande qualidade e uma cafetaria, para além de serem abordados temas ligados à "Explicação do Processo Produtivo Local", "Tipos de Azeite" e "O Futuro do Azeite - Experiências de Valorização.

 

Ecomuseu do Zêzere

 

Historicamente os Cabrais foram a mais importante família de Belmonte. Grandes proprietários, construíram este celeiro em frente ao seu solar tendo ficado a edificação, para sempre conhecida como Tulha dos Cabrais.

Diretamente assente sobre um afloramento granítico é uma sólida e sóbria construção de data desconhecida, que terá sofrido no entanto algumas remodelações, a mais evidente das quais ocorreu com a abertura da estrada fronteira à entrada que obrigou à construção das rampas de acesso.

Esta estrutura museológica destina-se a dar a conhecer ao visitante a fauna e flora de todo o percurso do rio Zêzere.

 

 Centum Cellas

As ruínas da Torre de Centum Cellas localizam-se junto ao Colmeal da Torre. A imponência e monumentalidade da construção têm dado lugar a um sem número de interpretações acerca da sua funcionalidade ao longo dos anos por diversos investigadores; templo, prisão, praetorium de um acampamento romano, mansio ou mutatio (albergaria para descanso dos viajantes), villa romana…

As escavações, efetuadas pelo IPPAR, na década de 90, permitiram concluir que a Torre é o núcleo mais antigo e central de um conjunto de estruturas que se desenvolvem em torno de um enorme pátio rectangular. A Torre de Centum Cellas foi construída em meados do séc. I e fazia parte da casa de Lucius Caecilius, um rico comerciante romano, que se dedicava ao comércio do estanho, abundante na zona.

A área escavada representa apenas a residência do proprietário e algumas despensas e armazéns. As Termas que se encontravam a Nascente foram destruídas na década de 40 por causa da exploração de volfrâmio.

Após a ocupação romana o espaço continuou a ser ocupado. Foi aqui construída a Capela de S. Cornélio, ainda existente no séc. XVIII.

Casa da Torre de Caria
Centro de Tratamento de Espólio Arqueológico

Em 1322, D. Martinho II, Bispo da Guarda, manda erguer no local uma residência de verão para o seu Bispado, obras essas que são assinaladas numa inscrição embutida na parede nascente da torre, junto à porta de entrada, pela qual sabemos também que o dito Bispo nunca lá terá habitado.

Atualmente, a designada Casa da Torre é um imóvel composto de três corpos, datável do século XVIII, aproveitando a torre medieval como corpo central, apresentando também à sua volta vestígios de fortaleza abaluartada.

Em 2008/09 foram efetuadas obras de requalificação do edifício e zona envolvente, com vista à sua transformação em “Centro de Estudos Arqueológicos”, onde vão funcionar as reservas, espaços de estudo e tratamento do espólio arqueológico e salas de formação. Foram também restauradas as muralhas, o lagar e construído um Cyber-Café.

 

Visita nº 14 - Rio acima no barco Varino “Liberdade” e Museu do Neo-realismo 10 de maio

Núcleo Museológico Barco Varino "Liberdade"

Em toda a região do estuário do Tejo surgiram e evoluíram, desde a Idade Média, embarcações que procuraram responder às necessidades de transporte de pessoas e mercadorias, das quais se destacaram, entre outras, o batel, a falua, a canoa e, a partir da segunda metade do séc. XIX, o varino. Foi um exemplar deste útimo que, em abril de 1988, a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira adquiriu como forma de partilhar, com a sua população, um símbolo do Tejo.

Atualmente, este será um dos nove e únicos barcos varinos existentes no mundo. Este barco, construído em Rio de Moinhos, Abrantes, em 1945, assegurou a circulação de bens em toda a zona estuarina: levou vinho a Lisboa, madeira, tomate e carregos de sal de Setúbal. Encalhou temporariamente como um casco abandonado, quando nos anos 60 o transporte fluvial entrou em decadência, mas foi recuperado e, em 1988, exibindo no casco o seu novo nome, “Liberdade”, iniciou uma nova vida, de passeios e de exigentes regatas e cruzeiros. No ano de 1997 rumou aos estaleiros Ria Marine, em Aveiro, de onde voltou novamente rejuvenescido, aportando no cais de Vila Franca de Xira. Esta embarcação, com decoração de raiz popular, é atualmente um Núcleo Museológico do Museu Municipal e navega ao serviço de grupos de crianças, jovens, adultos.

 

 

Museu do Neo-Realismo

Criado em 1990, a partir da atividade de um Centro de Documentação sobre o movimento neo-realista português, o projecto do Museu do Neo-Realismo evoluiu inicialmente em torno da área arquivística e bibliográfica. Porém, cedo enriqueceu e diversificou o seu património, desenvolvendo um vasto conjunto de coleções museológicas, com destaque para espólios literários e editoriais, arquivos documentais (impressos e audiovisuais), acervos iconográficos, obras de arte, bibliotecas particulares e uma biblioteca especializada na temática neo-realista.

Vocacionado para o estudo e disponibilização de fontes documentais sobre o Neo-Realismo, o Museu tem vindo a promover uma prática continuada de investigação e divulgação dos seus conteúdos, correspondendo, através de uma ação pedagógica e didática adequada, ao público heterogéneo que o visita.

O Museu do Neo-Realismo tende hoje a ultrapassar as fronteiras da sua vocação temática original para se situar, cada vez mais, no território das ideias e da cultura do século XX, relacionando assim outras correntes literárias, artísticas e de pensamento. Esta nova amplitude temática tem ajudado a clarificar de modo crítico o eco produzido pelo Neo-Realismo junto de várias gerações de escritores, artistas e inteletuais portugueses.

www.cm-vfxira.pt