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Palestina vencerá!

Sílvia Timóteo | Dirigente do SPGL

Realizou-se, em Lisboa, no passado dia 6 de abril, mais uma manifestação de apoio e solidariedade para com o Povo Palestiniano. Nela participaram milhares de cidadãos que, incapazes de se manterem indiferentes ao genocídio a que assistem há meio ano, saíram à rua em protesto.

A impunidade com que o Estado de Israel tem agido, desde o início da guerra, violando sistematicamente os Direitos Humanos, cometendo crimes de guerra, como o corte de eletricidade, água e distribuição de alimentos, bombardeando indiscriminadamente civis (mais de 30 mil mortos), destruindo infraestruturas, como hospitais, assassinando médicos, jornalistas e membros de organizações humanitárias, num território cercado sem qualquer possibilidade de fuga, só é possível com o apoio e cumplicidade de grandes potências como os EUA, da UE e da ONU.

 A tudo isto, o mundo assiste em direto e é impossível continuar a justificar esta chacina  em nome do direito de defesa e muito menos aceitar o argumento, utilizado por Israel, de que quem não está com eles é contra os judeus. A estratégia de vitimização de Israel, de tentar confundir anti-semitismo com anti-sionismo, cai por terra quando, um pouco por todo o mundo e até em Israel, assistimos a manifestações de judeus de condenação a Israel dizendo “Não em meu nome”.

O projeto sionista do Estado de Israel sempre foi, desde a sua criação, um projeto colonizador, assente em falsos argumentos como a ideia de que a Palestina era uma terra desabitada e a terra prometida dos judeus, alicerçado em políticas de segregação (apartheid) que, aliadas a uma propaganda de desumanização dos palestinianos, pretendia expulsá-los da sua legítima pátria para poder criar um Estado exclusivamente judeu.  

Contra a hipocrisia do Conselho Geral das Nações Unidas e a cumplicidade e apoio de países como os EUA, que não só se recusam a condenar Israel como continuam a alimentar esta guerra e a chacina de milhares de palestinianos inocentes, através da venda de armamento e do apoio público a Israel, é essencial que manifestações como esta se mantenham e multipliquem por todo o mundo como forma de pressão para que o cessar-fogo imediato, a ajuda humanitária e o reconhecimento do Estado soberano da Palestina se concretizem o quanto antes.

Texto original publicado no Escola/Informação Digital n.º 42 | março/abril 2024