Artigo:Horários dos professores em destaque no encerramento da Semana de Luto em Luta

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A questão dos horários de trabalho dos professores portugueses – abordada por António Avelãs na conferência de imprensa frente ao ME, em Lisboa – foi o tema com que encerrou a Semana de Luto em Luta promovida pela FENPROF. Desde já fica também a certeza de que é uma luta para continuar.

 

Os professores e educadores portugueses trabalham mais horas que a média europeia, a todos os níveis, tanto no que se refere à componente letiva como à presença na escola – afirmou o presidente do SPGL. Dados confirmados em documento da OCDE e que põem em causa o relatório do governo encomendado ao FMI.

Tentar reduzir as despesas na educação com o agravamento dos horários de trabalho é um crime sem nenhum fundamento, frisou António Avelãs que referiu ainda outros graves problemas das condições de trabalho nas escolas, nomeadamente o aumento do número de turmas por professor e a anulação da componente individual de trabalho.

Elementos de uma política que põe em causa o desenvolvimento de um trabalho de qualidade e impõe aos professores uma carga laboral acrescida.

Denunciando a ausência de um verdadeiro Ministério da Educação e de uma equipa educativa, António Avelãs concluiu sublinhando que os professores não desistem da luta por uma escola digna do processo democrático iniciado em Abril de 74.

No balanço da Semana de Luto em Luta, Mário Nogueira considerou que tinha sido uma semana muito importante. Não só pela visibilidade que deu às questões com que os professores e a escola pública se debatem, como porque mostrara a disponibilidade da classe docente para continuar a luta.

“Nós não vamos parar”, pois está em causa o trabalho dos professores e a própria escola pública, disse o secretário-geral da FENPROF. E lembrou que, na próxima semana, dia 26, a FENPROF estará à porta do Ministério, não aceitando ser recebida por alguém que não o Ministro da Educação.