Artigo:Há 75 anos: Hiroshima, um crime de guerra que nunca foi julgado

Pastas / Informação / Opinião

Há 75 anos: Hiroshima, um crime de guerra que nunca foi julgado

A Paz é cada vez mais necessária

É verdade que o Japão é cúmplice da barbárie nazi-fascista que se abateu por todo o mundo durante a 2ª guerra mundial. Mas mesmo na guerra, nem todos os atos são defensáveis. Mesmo na guerra há atos criminosos. O bombardeamento nuclear de Hiroshima (6 de Agosto de 1945) e Nagasáqui (9 de Agosto de 1945) pelos Estados Unidos seriam, em qualquer circunstância, crimes de guerra; tornaram-se ainda mais criminosos por terem sido desencadeados num momento em que o Japão (e as forças nazis) estavam praticamente derrotadas, além de que as cidades bombardeadas não tinham grande significado militar.

Os tribunais internacionais nunca julgaram estes crimes; mas os horrores resultantes destes bombardeamentos com armas nucleares impõem a cada um de nós o dever ético de lutar denodadamente pela paz, uma paz que só é possível se for assente na justiça e no reconhecimento de que todas as nações têm direito a dispor de si próprias, na firme denúncia de todas as formas de imperialismo.

O desarmamento nuclear continua a ser uma exigência mundial no caminho para uma paz duradoura; luta essa que tem de abranger a destruição de todo o tipo de armas de destruição massiva, cujas vítimas são, na sua maioria, populações civis e indefesas. Como o eram as populações de Hiroshima e Nagasáqui.

A luta pela paz é um imperativo ético que a Escola não pode ignorar.

António Avelãs