Desenvolver um intenso combate em torno de propostas que unem os professores, porque promovem a qualidade na educação, defendem a escola pública e dignificam a profissão docente. Esta a ideia base que, de algum modo, enforma a política da FENPROF, num momento em que toma posse o novo Governo, e que foi reafirmada por Mário Nogueira, em conferência de imprensa em que esteve acompanhado pelos dirigentes António Nabarrete (SPGL), Júlia Vale (SPN), Ana Simões (SPZS) e António Lucas (SPRA).

Ao longo de dois dias, o Secretariado Nacional da FENPROF reuniu para reflectir sobre o novo quadro político e definir uma estratégia sindical.

Em causa estão questões fundamentais, como: emprego, horários de trabalho, avaliação de desempenho e carreiras. E, numa perspectiva mais ampla, gestão das escolas e, em geral, o seu modelo organizacional, condições de trabalho, rede escolar e financiamento da Educação, o Ensino Superior e a Educação Especial. Matérias que integram a agenda da FENPROF para a primeira reunião a realizar com a nova equipa ministerial logo que esta tome posse.

Uma reunião que terá lugar num quadro particularmente difícil. Como lembrou o secretário-geral da FENPROF, "na Educação, as medidas que PSD e CDS apresentam vão além do que a própria "troika" impõe” pois, por acréscimo à questão orçamental, “atacam o carácter democrático da escola pública, com implicação em todos os níveis, desde o financiamento à relação laboral dos seus trabalhadores".