Artigo:FENPROF interpela grupos parlamentares

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FENPROF interpela grupos parlamentares

Tropelias nos concursos ameaçam contratados

Sem qualquer negociação, o ME introduziu, pelo aviso de abertura dos concursos, alterações de procedimentos que podem ter impactos muito negativos sobre contratados que, finalmente, conseguem cumprir os critérios da chamada norma-travão. Não basta ao governo a ineficácia e caráter excludente da norma, o ME ameaça agora os candidatos da 1ª prioridade do concurso externo que não concorram a todos os QZP nos quais haja vagas: para o seu grupo de, não só, não vincularem, como ficarem impedidos de acesso a qualquer contratação…

É mais um sinal de como a instabilidade que tantos docentes e suas famílias vivem de forma prolongada não é preocupação para o governo que mantém uma política abaixo de mínimos em termos de vinculação e que, agora, ainda pretende agravar a situação de centenas de professores que tem mantido a contrato.

A FENPROF tomou posiçãoNo dia anterior ao do início dos concursos de professores, Ministério da Educação, através do Aviso de Abertura, introduz inovações nos procedimentos concursais que não negociou.

Para além disso, a FENPROF escreveu aos grupos parlamentares alertando para a situação e solicitando a sua intervenção. Também neste caso, cabe uma palavra à Assembleia da República que, como já aconteceu no passado, não pode contemporizar com tropelias em concursos que se revestem de enorme importância para a vida de muitos professores e da Escola Pública.

Face ao justificado desagrado que muitos professores manifestam – contratados e outros – relativamente às regras em vigor, é importante identificar o maior de todos os obstáculos à resolução de problemas como estes: o bloqueio negocial que temos de contestar pela luta! O ME não quis negociar melhorias nas regras, tal como requereu a FENPROF em tempo (mais do que) útil; não quis e, mais tarde, alegou falta de tempo para introduzir melhorias nas regras.

É urgente romper o bloqueio negocial e o embargo à resolução de problemas.

Sem uma luta forte e muito participada pelos docentes, dificilmente isso acontecerá.