Num momento particularmente grave para os professores, para a escola pública e para o país, a FENPROF avança com um calendário de lutas forte e exigente. Novo projeto do governo para a mobilidade especial piora ainda versão anterior.

 Em causa está, em particular, a proposta de Lei que institui a mobilidade especial e que, em conjunto com a imposição de horários de trabalho de 40 horas, prefigura mais um despedimento massivo de professores e transforma, na prática, os professores efetivos em precários. Na atual versão, o governo antecipa o despedimento e lança os professores na absoluta precariedade, independentemente da idade e do tempo de serviço.

Em conferência de imprensa para dar conta das conclusões da primeira reunião do Secretariado Nacional que teve lugar após o 11º Congresso Nacional dos Professores, Mário Nogueira relembrou o calendário de lutas, que engloba greves entre 7 e 17 de junho (que se poderão prolongar caso não haja alteração da posição do governo) e uma grande manifestação de professores, dia 15. E, naturalmente, o envolvimento noutras ações de luta dos trabalhadores, que entretanto venham a ser decididas. Mantendo sempre uma preocupação de unidade dos vários sindicatos de professores que integram a plataforma sindical. E numa perspetiva de juntar forças pela demissão do governo.

 Esta é uma luta de todos

Nas declarações à imprensa, o secretário-geral da FENPROF sublinhou também que esta é uma luta de todos. Naturalmente uma luta dos professores em defesa do emprego e de condições de trabalho. Mas também, ao mesmo nível, pela qualidade do ensino, em defesa da escola pública em defesa dos alunos e suas famílias (que serão também particularmente atingidas pelo Orçamento Retificativo).

Sublinhando o carater ilegítimo deste governo – pelo não cumprimento das promessas com que foi eleito, pelo facto de governar acima e à margem da lei e pela óbvia perda de apoio social – Mário Nogueira reafirmou a urgência de demissão do governo.

LC