Artigo:Falta de professores | Condições de trabalho agravam-se!

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Falta de professores | Condições de trabalho agravam-se!

Dulce Arrojado | Dirigente SPGL

Com o 1.º período letivo a chegar ao fim, muitas escolas continuam a funcionar com falta de professores, fator de agravamento das condições de trabalho dos docentes. 

Estamos a falar de um problema estrutural identificado há muito: a falta de atratividade da profissão associada à elevada idade média dos professores, que levará à aposentação de muitos em poucos anos, e a falta de formação de novos professores, trouxe-nos aqui. 

Os docentes do 1.º ciclo não escapam a esta realidade. O Plano do MECI de sobrecarregar os professores não só não resolveu o problema, como o agravou. Um dos exemplos mais evidentes é o número crescente de docentes obrigados a assumirem horas extraordinárias, a abdicarem das reduções previstas no art. 79.º do ECD ou a deixarem de dar apoios educativos para assumirem turma, ou ainda receberem alunos que são distribuídos pelas diferentes turmas. Tudo vale quando falta o professor titular! 

Estamos perante uma sobrecarga de trabalho e desrespeito pela legislação. A falta de professores e o desrespeito pelos seus direitos contribuem para o esgotamento dos docentes e a degradação das condições de trabalho nas escolas. 

Texto original publicado no Escola/Informação Digital  n.º 47 | novembro/dezembro 2025