Artigo:Exigimos Respeito!

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A “Escola a Tempo Inteiro”, concretizada através das denominadas AEC, tem sido apresentada por este e pelo anterior governo como uma bandeira governamental para dar resposta às necessidades das famílias.

O SPGL reuniu, na sua sede, com dezenas de professores e técnicos que trabalham nas Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC). Em solidariedade com estes profissionais participaram também nessa reunião o Movimento Precários Inflexíveis e o Movimento Escola Pública.

 Do debate realizado concluímos:

  • Desde o início que a implementação das AEC não corresponde a uma resposta de qualidade devido à irresponsabilidade do ME ao lançar medidas sem ter em conta as situações e as condições em que estas decorreriam;
  • A forma como estas actividades estão organizadas significa mais escolarização, em espaços que por vezes não são os mais adequados;
  • Desde o início que o ME colocou uma venda nos olhos e teima em não querer ver a situação caótica estabelecida.
  • A indignação dos profissionais que trabalham nestas actividades é cada vez maior uma vez que não existem regras, nem na contratação do pessoal que assegura estas actividades, na maior parte docentes, nem nos pagamentos, ou na falta deles, nem tão pouco nas condições de trabalho.
  • Estes docentes e técnicos estão sujeitos ao despotismo e autoritarismo de empresas criadas à pressa para o efeito, sem o mínimo de preparação nem de preocupação com a qualidade da oferta.
  • Uma responsabilidade primeira que deveria ser a do ME é delegada às Câmaras Municipais que, por sua vez, delegam em empresas ou associações de pais. De mão em mão é muito pouco o que chega a quem realmente assegura o funcionamento das AEC’s.
  • Ninguém fiscaliza nem regula este trabalho de grande precariedade, mão-de-obra barata e com a qual o ME, sem escrúpulos, apregoa a sua escola a tempo inteiro.

Porque este modelo não serve às famílias, não serve ao país nem serve a quem em primeira mão deveria servir, às crianças;

 Exigimos:

- O fim do recurso aos Recibos Verdes

- A melhoria das condições de trabalho - materiais pedagógicos, espaços adequados…

- O fim dos atrasos nos pagamentos

- A fiscalização das condições de trabalho e salariais por parte das entidades competentes

- A colocação dos/as docentes das AEC´S através de procedimentos concursais.

 Ficou agendada uma reunião para o próximo dia 1 de Fevereiro, 19 h, na sede do SPGL para organizar a acção reivindicativa face às exigências apresentadas.