Artigo:Escolas sem Amianto – uma luta urgente

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Escolas sem Amianto – uma luta urgente

Uma delegação de dirigentes do SPGL esteve esta manhã à porta da Escola Básica 2/3 Dr. António Augusto Louro, apoiando a luta dos encarregados de educação e comunidade educativa pela urgência de uma resposta governamental ao perigo do amianto na escola. Uma equipa da SIC deslocou-se à escola para captar imagens dos telheiros em colapso, tendo ouvido testemunhos do presidente da associação de pais, de professores e também de duas alunas que estudam naquele estabelecimento de ensino.

A luta pela urgente remoção do amianto foi impulsionada por um grupo de pais e encarregados de educação – União de Pais da EB 2/3 Dr. António Augusto Louro – que vêem com apreensão os seus filhos e filhas sujeitos diariamente, não só ao risco da exposição, mas à degradação a olhos vistos dos telheiros da escola. No início do 1º período, a escola parou numa manhã e fizeram uma grande manifestação pelas ruas do concelho onde participaram centenas de alunos, pais, docentes, funcionários, autarcas e deputados.

Desde então não têm parado. As doenças oncológicas e os problemas respiratórios atacam professores, funcionários e alunos e, apesar da lei 2/2011 que obriga a que seja publicitada a lista de edifícios que contêm materiais com amianto, o estado dos mesmos e a calendarização da sua remoção, a verdade é que o governo e, neste caso, o Ministério da Educação, olha para o lado, num desrespeito total pela defesa da saúde pública de milhares de crianças e adultos que passam grande parte do seu dia nesses edifícios. Eles sabem que a António Augusto Louro está no topo da lista de intervenção, mas desconhecem e exigem informações claras e uma calendarização. Mobilizados, organizados em rede e associados ao Movimento Escolas sem Amianto –MESA – à associação ZERO e à FENPROF, recolheram 5400 assinaturas em 12 dias, as quais foram entregues por estas organizações na presidência da Assembleia da República no dia 28 de Novembro.

As promessas eleitorais do governo ou a resolução nº 97/2017 do Conselho de Ministros que reconhece o atraso do processo e aponta para medidas a tomar, não passam de intenções. De boas intenções estão fartos. A degradação dos telheiros é de tal forma ofensiva e perigosa que não vão parar. A defesa do ambiente, do clima e da saúde pública não pode ser um mero slogan. A luta vai continuar.