Mutatis mutandis…
Também os professores do particular e cooperativo vão ter de dizer “NÃO”!
Decorreu no passado sábado (4 de julho) o Encontro Nacional “SER DOCENTE NO ENSINO PARTICULAR E COOPERATIVO”, organizado pela FENPROF. Com este encontro – cuja razão direta assenta na ameaça de caducidade do contrato coletivo de trabalho (CCT)celebrado entre a AEEP e a FENPROF intentada pela representante das entidades patronais. Tal como junto da “troika” e das instituições europeias, também aqui há quem aceite passivamente as exigências patronais assinando sem pestanejar o que querem impor aos professores. Foi o papel da FNE ao assinar um novo CCT que aumenta os horários de trabalho, restringe regras de progressão de carreira – conduzindo de facto a quebras reais dos vencimentos - , aceita a aplicação absurda do “banco de horas” traduzido num sistemático aumento de horas de trabalho diário, etc…
Os professores do particular e cooperativo reagiram – como não podia deixar de ser – a esta capitulação de quem era suposto defendê-los. Os sindicatos da FENPROF, e particularmente o SPGL , reuniram com os seus sócios que democraticamente decidiram não ceder perante um CCT iníquo - o celebrado pela FNE – e lutar por um CCT que os respeite e dignifique o seu trabalho. Até à celebração de um novo CCT entre a AEEP e a FENPROF (que só a força unida dos professores poderá obter), a FENPROF tenta, por todos os meios legais, evitar a caducidade do CCT atualmente em vigor.
Luta difícil sem dúvida. Mas, como no referendo grego, a dignidade não se vende.