Artigo:Educação (praticamente) fora dos debates e da campanha eleitoral

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Educação (praticamente) fora dos debates e da campanha eleitoral

No jornal Público de hoje podemos ler sobre os milhões de pessoas que viram os debates, sendo ainda referido que “afinal os portugueses querem saber da política”.

No artigo podemos ainda ler sobre a importância dos debates para dar a conhecer as ideias e programas dos vários partidos que concorrem às próximas eleições. Fala-se ainda  do formato e da afirmação de lideranças. No entanto, é de lamentar que nem nas questões colocadas pelos jornalistas nem nas intervenções das várias candidaturas tenha sido referida a educação. Sendo esta uma área de primordial importância para o desenvolvimento de um país, um serviço social que tem de ser de elevada qualidade não deveria ser menosprezada nem ignorada como tem sido.

Durante a pandemia, os profissionais da educação foram e continuam a ser fundamentais, estiveram e estão na linha da frente para assegurar aprendizagens, recuperações e contactos com jovens e crianças. O governo, durante a legislatura, não reconheceu esse esforço, antes pelo contrário agravou as condições de trabalho dos profissionais da educação, roubou tempo de serviço e impede a progressão na carreira com a imposição de quotas, impõe nas escola um modelo de gestão que não é democrático a agrava assimetrias e desigualdades com a implementação da municipalização. Também não foi tema de debate a falta de professores, que tem prejudicado milhares de alunos, a precariedade e o envelhecimento da classe docente.

Ainda durante a anterior legislativa verificou-se uma ausência de diálogo e um bloqueio negocial que impediu a resolução de muitos problemas para os quais a FENPROF e os seus sindicatos apresentaram soluções.

A FENPROF a promoveu um debate com os partidos, no dia 12 de janeiro, sendo assim possível ficar a conhecer as propostas dos vários partidos têm para a educação.

Vão mal as candidaturas que afastam das suas campanhas e dos debates a educação. Não dar prioridade a esta área é compactuar com a desvalorização a que este setor tem sido votado hipotecando, desta forma, um direito fundamental de tantas crianças e jovens neste país.

Albertina Pena