Aos Trabalhadores das Misericórdias
É inaceitável a postura das Misericórdias, que continua a desrespeitar a contratação colectiva!
A União das Misericórdias Portuguesas (UMP), em representação das suas associadas tem, reiteradamente, boicotado a negociação dos processos de contratação colectiva com esta Comissão Negociadora Sindical (CNS), mantendo uma postura de intransigência, no que se refere à melhoria das condições de trabalho e à valorização salarial dos trabalhadores das Misericórdias.
Nos últimos 23 anos, negociaram apenas 5 Tabelas Salariais!
Em 2001, 2008, 2009, 2016 e a última tabela em 2022, só com efeitos a Novembro e Dezembro desse ano. Em média, a UMP e as Misericórdias só negoceiam aumentos salariais para os trabalhadores de 5 em 5 anos!
Esta postura tem levado ao empobrecimento dos trabalhadores das Misericórdias!
Esta atuação da UMP tem promovido desigualdades entre os trabalhadores, que apesar de desempenharem as mesmas funções, auferem remunerações inferiores aos que trabalham nas IPSS e no sector público.
Esta situação é inadmissível, considerando que as Misericórdias são financiadas pelo Estado, exatamente nas mesmas condições que as IPSS, uma vez que são abrangidas pelo mesmo protocolo de cooperação.
Em 2022, pressionados pelo Ministério do Trabalho, celebraram um Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com esta CNS. No entanto, tal facto não teve impacto na alteração da postura da UMP, na medida em que voltaram a bloquear a negociação coletiva.
Nesse sentido, durante o ano de 2023, após várias reuniões de negociação com a CNS, a UMP voltou a adotar o discurso da “sustentabilidade financeira das Instituições” e com esse fundamento recusaram fazer aumentos salariais para 2023.
Para o ano de 2024, apresentaram uma proposta para os trabalhadores não docentes aumentos salariais de €2,00!!! e a redução do valor da progressão entre escalões, de €20,00 para €5,00!!! O que é Inaceitável!...
Quanto à tabela salarial dos docentes, a UMP não está a cumprir com o que assumiu em ata final de negociação do CCT, nomeadamente a criação de dois novos níveis no topo da carreira, com vista à equiparação da carreira em vigor no CCT para as IPSS`S
Por último, a UMP, apesar de não evoluir na proposta salarial, informou que iria recomendar às Misericórdias a aplicação da proposta apresentada à CNS.
A CNS, apesar de não se opor há referida recomendação deixou bem claro que o processo negocial é para manter e que a “esmola” que agora decidiram dar aos seus trabalhadores não impedirá a luta por justos aumentos salariais.
Exigimos a Integração na Esfera do Estado!
Exigimos Salários Justos e Dignos!
Exigimos Melhores Condições de Trabalho!
A LUTA CONTINUA
Para mais informações contacta o teu Sindicato!
Maio 2024