Artigo:E DEPOIS DA GREVE GERAL?

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1 - Quero começar por saudar todos os professores e educadores que estiveram em greve no passado dia 24 de Novembro. Foram a maioria; mas muitos foram também os que ainda não perceberam o valor pessoal, moral e político da solidariedade na luta por um Portugal melhor, os que ainda não ganharam consciência de que o futuro não lhes cairá no colo – têm de o conquistar. Desses, resta-me lamentar a sua atitude e esperar que ganhem coragem para as lutas futuras. Quero também saudar os trabalhadores não docentes das nossas escolas – a eles se deve o encerramento que se verificou na esmagadora maioria das escolas.

2 - A profunda crise em que o capitalismo especulativo lançou o nosso país – e muitos outros – ameaça continuar e, provavelmente, agravar-se ao longo do ano de 2011, se se confirmar a recessão económica como consequência das medidas orçamentais agora aprovadas. Os trabalhadores, unidos, terão de continuar a resistir.

3 - Contudo, as inevitáveis lutas gerais terão de ser coordenadas com as lutas em torno dos objectivos específicos de cada sector. Em coordenação com todos os sindicatos da FENPROF, os professores e educadores vão decidir quais as prioridades das suas reivindicações. O SPGL continuará a promover nas escolas as reuniões necessárias para a definição dos caminhos a seguir. Podemos contudo antever que as questões dos horários de trabalho, as questões da mobilidade e integração nos quadros, as confusões e distorções causadas pelo modelo de avaliação de desempenho, a luta pelo descongelamento das progressões estarão entre as reivindicações prioritárias. Vamos à luta – a defesa da escola pública e a dignificação da profissão docente não deixarão de nos interpelar e exigir as acções necessárias.