DT, o Director de Turma
Terminadas as aulas, por agora síncronas, assíncronas ou presenciais, começaram as reuniões de avaliação, síncronas ou, espantem.se, presenciais, estas últimas por indicação expressa dos Directores que consideraram, por seu livre arbítrio e aproveitando algum desnorte informativo da tutela, já estarem reunidas as condições para que tal acontecesse.
Perante tudo isto, e de uma ou noutra maneira, lá estavam os DT prontos para dar o "normal" seguimento a todo o processo que agora vai terminando.
Num ano lectivo completamente atípico, a função dos DT foi absolutamente determinante para o relativo sucesso com que decorreu o último período do ano escolar. Foi-lhes exigido um verdadeiro e extenuante trabalho contínuo, muitas vezes sem horário estabelecido, para que o acompanhamento dos seus alunos fosse efectivamente concretizado.
Também os DT estiveram na linha da frente no combate aos danos colaterais da Pandemia e são, por essa razão, merecedores do reconhecimento por parte de toda a comunidade educativa em particular e de todo o país em geral.
Numa altura em que alguns procuram encontrar Heróis prontos a homenagear e, no caso de estudo presidencial, a condecorar, seria bom que o Ministro da Educação olhasse para os "feitos" destes enormes profissionais que, ultrapassando os vulgares limites das suas funções, permitiram que centenas de milhar de alunos se mantivessem activamente no processo educativo em curso, e os tratasse, tal como aos seus pares, com o respeito que lhes é devido atendendo às suas justas reivindicações.
Ricardo Furtado