Centenas de escolas e instituições de ensino estão encerradas.
A greve geral de hoje assume proporções históricas, com centenas de escolas encerradas, uma enorme paralisação e uma mobilização que ultrapassa todas as expectativas. O que se está a ver hoje é uma mensagem clara e frontal dos docentes, investigadores e restantes trabalhadores: não aceitaremos um pacote laboral que destrói direitos, promove a exploração e coloca o país ao serviço dos grandes interesses económicos e financeiros, desequilibrando ainda mais as relações laborais a favor dos empregadores públicos e privados.
A proposta apresentada pelo governo representa, segundo a esmagadora maioria dos trabalhadores, um retrocesso civilizacional, empurrando Portugal para lógicas laborais próprias do século XIX. Entre os pontos mais criticados estão as medidas que fragilizam a proteção dos trabalhadores, ampliam a vulnerabilidade perante os empregadores, públicos e privados, e abrem espaço à degradação das condições de trabalho, sem qualquer consideração humanista ou social.
Tendo em conta estes setores (Educação, Ensino, Ciência), ao tentar impor um pacote laboral que ignora por completo o valor dos seus profissionais, o governo demonstra um afastamento profundo das necessidades reais do país e do sentimento da maioria dos portugueses. E tem agora a obrigação de reconhecer que a sua proposta não tem apoio social, nem legitimidade moral.
A força demonstrada nesta greve é o sinal inequívoco de que os trabalhadores não recuarão um centímetro. Hoje ficou claro que esta luta ganhou nova energia. Os sindicatos, ao convocarem esta poderosa jornada de contestação, conquistaram a base necessária para continuar a batalha até que este pacote laboral caia por completo.
A resposta está dada. A luta continua. E a proposta do Governo não passará.
O Secretariado Nacional da FENPROF