Artigo:Docentes da Casa Pia exigiram negociação das ofertas formativa e educativa

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O SPGL saúda os professores que se uniram em protesto, frente aos Serviços Centrais da Casa Pia, no dia 22 de Junho.

Os professores tiveram razão em protestar contra aquilo que consideram ser medidas que colocam em causa o futuro da Casa Pia como instituição de qualidade na resposta formativa e Educativa, que até aqui, a mesma tem conseguido dar e salvaguardar.

Os professores protestaram, não contra ninguém, ou contra a Direcção da Casa Pia, mas pela negociação contra uma atitude de imposição relativamente às propostas apresentadas pelo SPGL, na reunião negocial de 8 de Junho, propostas feitas com vista a ultrapassar os problemas, a respeito de questões muito importantes para os professores, como sendo:

1º- Diminuição da Oferta Formativa, pelo encerramento de cursos e diminuição de acções que estão para ocorrer, sobretudo no CED Pina Manique, ainda que se tratem de cursos viáveis para serem implementados;

- Diminuição da Oferta Educativa, pela não aplicação de medidas já decididas no âmbito do GIP (Grupo de Intervenção de Processos) traduzida num aumento de alunos por turma e numa redução de horários docentes;

- Diminuição de créditos horários que põem em causa o desempenho de funções pedagógicas como sendo as funções de Coordenadores de CEF e a não atribuição de tempos para os professores e educadores dos sectores do pré-escolar e do 1º ciclo;

- Perspectiva de desemprego para muitos professores, ao não lhes serem renovados os contratos (muitos desses professores, com 10 e mais anos de serviço na instituição);

- Professores integrados na carreira, sem horário no CED em que leccionam e que entrarão em mobilidade;

Recebidos pela Sra. Presidente da Casa Pia, os dirigentes Óscar Soares e Isilda Andrade e o delegado Pedro Costa, entregaram um documento de protesto, tendo-se iniciado uma reunião que se prolongou até cerca das 15h30. Na reunião, a Direcção da CPL mostrou-se inflexível no que respeita à reformulação da oferta educativa, propôs aos representantes dos professores a negociação de outras questões com o SPGL, excepto a da Oferta Formativa. Ficaram as duas partes envolvidas de remeter reciprocamente propostas de agenda para uma próxima reunião, ao que o SPGL já procedeu.

O SPGL lamenta a posição de inflexibilidade por parte da Casa Pia, já que tal posição só trará prejuízos ao funcionamento da instituição e ao relacionamento da sua Direcção com os professores e o seu sindicato representativo. A Direcção do SPGL só admite não incluir tal ponto na ordem de trabalhos para evitar o bloqueio na negociação de importantes matérias como o são o aviso de abertura de concurso e os critérios de mobilidade, não prejudicando desse modo os interesses dos professores mais do que eles já são prejudicados pela referida posição intransigente, tendo como justificação restrições orçamentais e de recursos humanos e/ou outras.

A Direcção

(fotos Paulo Machado)