Directores escolares acusam ministério de “novas afrontas” aos professores
Numa carta aberta enviada ao ministério da Educação, a Associação Nacional de Dirigentes Escolares aponta para a “forte indignação e crescente contestação no seio das comunidades educativas”, destacando a propósito que, “às mágoas e desgostos abertos na profissão docente, têm sido acrescentadas novas afrontas pelas políticas educativas do Ministério da Educação”.
Explicitam que “uma classe que se sentia desrespeitada e ignorada, por força de uma avaliação do desempenho docente injusta e castigadora e da amputação de tempo de serviço prestado, viu agora o Ministério da Educação juntar uma proposta de alteração do modelo de recrutamento docente que gerou ainda maior descontentamento”.
E perguntam “que medidas a curto, médio e longo prazo tem o Ministério da Educação previstas para uma melhor gestão dos professores que estão no activo e para tornar a carreira docente mais atractiva?”; “Admite ou não extinguir o limite administrativo de vagas no acesso aos 5.º e 7.º escalões, sem exemplo em qualquer outra carreira da função pública?; “O que são, quais os objectivos e competências que estão previstos, exactamente, para os “conselhos locais de directores?”
Porque “é justo que volte à mesa das negociações a recuperação dos mais de três anos de tempo de serviço que trabalharam e que lhes foram sonegados. É justo alterar o modelo de avaliação dos professores e dos directores e aumentar os vencimentos dos docentes, tendo em conta a sua responsabilidade, é uma obrigação.”
Pois “Nenhum sistema educativo cumprirá o seu papel, nem a escola poderá sobreviver sem profissionais competentes e respeitados pela sociedade e pelo poder político.”
A ler.
M. Micaelo