Artigo:Dia Internacional de luta contra a homofobia, transfobia e bifobia

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Dia Internacional de luta contra a homofobia, transfobia e bifobia

No dia Internacional de luta contra a homofobia, transfobia e bifobia, o jornal Público traz um artigo de Aline Flor que tem como título “Mais de 80% dos jovens LGBTQ escondem dos professores a orientação sexual”.

Estes dados resultam de “um inquérito feito por uma equipa do Centro de Psicologia da Universidade do Porto que procurou ouvir jovens sobre a sua experiência em contexto escolar e familiar”. A este inquérito, também aplicado noutros países, em Portugal responderam mais de 1500 estudantes do 3º ciclo (12,2%) e do ensino secundário (87,7%) entre os 14 e os 19 anos provenientes de todo o país.

Refere ainda o artigo que “segundo os investigadores os jovens LGBTQ são vítimas de bullying mais vezes do que os colegas heterossexuais ou cisgénero. São por isso mais vezes alvo de insultos, boatos e mentiras, postos de parte ou ignorados, alvo de agressões físicas e de cyberbullying”.

Da análise dos dados é ainda possível verificar que “a discriminação começa sobretudo quando a aparência física ou os comportamentos começam a ser diferentes das normas sociais para rapazes e raparigas”.

Quanto às pessoas a quem recorrem, na escola, para contar que são LGBTQ, 81% respondem que nunca contaram a nenhum professor ou funcionário e apenas 3,3% contaram a todos ou à maior parte dos adultos da escola…”

“O que há é sobretudo uma experiência de invisibilidade”, diz Jorge Gato, investigador da CPUP e co-autor do estudo.

O artigo também nos alerta para o facto de o estudo explorar “como as políticas educativas influenciam o clima escolar”. Para os investigadores, “a legislação tem feito um caminho muito interessante de inclusão das pessoas LGBTQ, mas é preciso uma melhor implementação no terreno”.

É necessário um investimento em educação ao nível da formação de pessoal docente e não docente, na produção de materiais incluindo manuais escolares que sejam inclusivos da diversidade que constitui as comunidades escolares. Para além de legislar, o governo também necessita de investir na aplicação e implantação das medidas que permitam uma alteração de mentalidades, pugnando pela efetivação de aulas de cidadania e de aulas de Educação Sexual pois “… mais de metade dos estudantes (56,3%) dizem que as aulas de Educação Sexual não incluíam informação sobre a existência de diferentes orientações sexuais”.

É necessário um maior investimento na educação para uma melhor educação, maior diversidade, mais cidadania e mais inclusão. 

Albertina Pena