A sociedade tem de devolver às crianças o tempo que elas precisam para brincar, defendeu hoje a investigadora, que lança sábado o livro "Crianças Ocupadas. Como algumas opções erradas estão a prejudicar os nossos filhos".

Segundo Maria José Araújo, as crianças entre os 6 e os 12 anos "trabalham hoje para e na escola, no seu ofício de alunas, cerca de oito a nove horas diárias, ou seja, cerca de 40 a 45 horas semanais".

"A intenção deste livro é criar um debate público sobre a questão da ocupação das crianças e, de alguma maneira, alertar para o direito das crianças", disse à agência Lusa a investigadora do Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Universidade do Porto.

Notícia Lusa, da revista Visão de Sexta-feira, 9 de Outubro de 2009

Foto retirada do blogue: Bem Comum

Comentário

Ainda há 2 dias fiz aqui um comentário sobre a ocupação plena dos alunos (vulgo, “aulas de substituição”), a que se pode acrescentar a "Escola a Tempo Inteiro", apelando aos técnicos especializados, pedopsiquiatras, psiquiatras, psicólogos, sociólogos, etc… que denunciassem a falsa virtude de tão propalada prática e cada vez mais implementada, sem outra justificação que não seja a de permitir que os pais trabalhem mais, embora cada vez mais com mais precariedade.

Por coincidência recolhi esta notícia, que nos vem dizer, que ainda há gente preocupada com este problema sério, em que as crianças estão mais tempo na escola, do que o tempo de trabalho dos pais.