Foram hoje conhecidos os agrupamentos decididos pelo MEC para Lisboa e (alguns) arredores. Da leitura da má nova sobressai que: - há pouca clareza nos critérios usados. Umas escolas são condenadas a agrupar e outras não. E alguns dos critérios invocados são muito pouco consistentes. Há escolas que agrupam com outras bem distantes saltando por cima das que lhe ficam ao lado… - continuam a ser criadas “unidades orgânicas” que englobam para cima de 3000 alunos e umas largas centenas de professores e educadores, ao arrepio de tudo o que está pedagogicamente defendido. - não se enxerga, nem com a melhor das boas vontades, qualquer nesga de preocupação pedagógica no que está a ser imposto. Estes agrupamentos podiam ser perfeitamente definidos por um qualquer tecnocrata (de Bruxelas, por exemplo) a quem fossem dados os mapas das regiões e, eventualmente, as “cunhas” a privilegiar. De tudo isto resultará o decréscimo da qualidade das escolas públicas – os privados, nomeadamente a igreja católica, agradecerão muito penhoradamente. Só que os professores não repetirão o “consumatum est” do Cristo na cruz: vamos deixar bem claro que este é um caminho contrário aos interesses dos alunos e vamos resistir. António Avelãs