“Os Professores e Educadores têm sido, insistente e prolongadamente, alvo das opções e das políticas que o atual governo vem extremando. A Educação sofre cortes sobre cortes, transformada em área de deliberado desinvestimento para que verbas assim “poupadas” sejam encaminhadas, preferencialmente, para outros fins (juros e serviço da dívida, parcerias público-privadas, isenções e benefícios fiscais, apoio à banca e a negócios fraudulentos…). A vida pessoal e profissional dos professores ressente-se violentamente destas opções. A Escola Pública enfrenta perigos enormes que resultam do desinvestimento e, muito em especial, da progressiva redução dos seus profissionais; enfrenta também uma ofensiva ideológica que põe em causa o seu caráter democrático e a qualidade em que ele tem de se alicerçar.” (do Guião para a realização de reuniões no âmbito desta iniciativa, a ter lugar de 9 a 13 de abril)
Perante esta realidade a FENPROF decidiu promover, em todo o país, uma ação de mobilização geral dos professores e educadores, tendo como especial referência o dia 9 de abril, data em que se realizará o maior número de reuniões do conjunto das que se preveem para esta ação que se estenderá até ao final da semana, com vista a auscultar os professores sobre:
1. As maiores preocupações com o futuro da Educação em Portugal.
2. Os objetivos de luta que os professores e educadores consideram prioritários.
3. As formas de intervenção e luta mais adequadas e para as quais será maior a disponibilidade dos docentes.
Para a realização desta consulta serão mobilizados centenas de dirigentes, delegados e ativistas sindicais de forma a garantir-se que esta reflexão chegue ao maior número de escolas e docentes em todo o país.
A presente ação de mobilização é suportada, preferencialmente, em reuniões sindicais realizadas nas escolas e agrupamentos. Pretende-se promover a discussão e a subsequente auscultação dos docentes sobre as grandes questões que hoje enfrentam. Será, ainda, distribuído um questionário individual, cujos dados serão tratados e constituirão a base da discussão que se realizará em 3 e 4 de maio no 11.º Congresso Nacional dos Professores, sobre prosseguimento da ação reivindicativa.
O Secretariado Nacional