Artigo:Como dizia o Valentim Loureiro: Guterres, Guterres!

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Como dizia o Valentim Loureiro: Guterres, Guterres! 

Pode-se recordar esse célebre episódio, aqui. Apenas para matar saudades dum Portugal animado que, felizmente, vai soçobrando por via duma justiça chata como a potassa, e das novas gerações que se sucedem e que já não dão pão para estes malucos, mas sim para outros.

Era uma vez esse Portugal de coração nas mãos e muitas rosas por nossa senhora, com o engenheiro do IST com média de dezanove a não saber fazer contas de aritmética simples, sem saber a grandeza dos números com que se governa um país, a atrapalhar-se em direto com o cálculo de uma percentagem. Também se pode recordar aqui.

Sou eu, a rejubilar com a vitória do Guterres, a pô-lo ao lado do CR7 e daquela modelo muito internacional, e a sentir um orgulho embaraçoso. Porque, meus amigos, o que fez o Guterres para justificar esta eleição, para além de me parecer boa pessoa, é que eu realmente não sei, a não ser as vacuidades do costume, propaladas em imagens de marketing como aquela dele aparecer ao lado da Angeline Jolie, com ela a debitar-lhe muitos elogios.

Mas aparte a amálgama de impressões, intuições e outro género de aproximações poéticas à realidade, o que raio fez o homem para conseguir o pleno?

Ou será mesmo ele, o tal que há-se vir do meio do nevoeiro para nos salvar? Ainda é esse? Mas então o mundo todo também está nessa?

Talvez porque saibam que o secretário-geral não pode fazer seja o que for, pois não tem poderes reais, e que fica bem um tipo assim, franciscano, modesto, habilidoso, competente, com fama de ter feito um bom trabalho com os refugiados?
 
Devo observar muito psicanaliticamente, que uma parte de mim não está  a gostar nada deste meu cinismo acerca do nosso querido Guterres. O momento é de apoteose. Viva-se-lo.
 
João Correia