Artigo:Bruxelas insiste no empobrecimento de Portugal

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Bruxelas insiste no empobrecimento de Portugal

É o que pode concluir-se do que o Correio da Manhã de hoje, 18 de abril, escarrapacha na sua 1º página: “Bruxelas exige corte de mil milhões a Costa; Vetado (sic!) o salário mínimo para 600 euros até 2019; chumbo às 35 horas de trabalho; Pedidos menos gastos na Função Pública”. Ou seja: ao mesmo tempo que economistas respeitados (incluindo Prémios Nobel) e responsáveis da União Europeia, do FMI, e do BCE reconhecem que a política de austeridade imposta não solucionou nenhum problema, antes os agravou, os burocratas da UE insistem numa política que agudizou as desigualdades sociais dentro de cada país e as desigualdades de desenvolvimento económico entre os países europeus. Portugal é reconhecidamente um país onde as desigualdades sociais, já elevadas, mais se acentuaram nestes últimos anos da política da “troika” e onde a pobreza – nomeadamente a infantil- se enraizou. Bruxelas pretende agravar a situação.

Alastra o campo propício para o euroceticismo corporizado no crescimento rápido da extrema--direita. Aos democratas restam duas alternativas: ou mudar radicalmente as políticas da União Europeia, de modo a que elas correspondam à sua intenção fundadora (partindo do princípio de que não se tratava apenas de promessas a não cumprir) ou por termo a um projeto cuja iniquidade está mais do que comprovada.

António Avelãs