Brutal!
Nos EUA, todos os anos, perto de 400 internos do curso de medicina suicidam-se.
São jovens adultos que, após anos de elevado investimento pessoal e familiar, não aguentam as condições de frequência desta ultima fase da sua formação.
Porquê?
Ao que parece não aguentam a pressão que lhes é imposta pelos formadores, médicos, que os acompanham nesta fase crucial de formação.
Estes últimos,por seu lado, estão perfeitamente convencidos das virtudes profissionais futuras dos seus métodos implacáveis e inumanos e, para além disso, tem todo o puder do seu lado. Os jovens internos só serão médicos com a sua anuência.
Estes jovens sofrem Burnout ainda antes de se "iniciarem" no mercado de trabalho.
Do ponto de vista humano, como intervirão os novos médicos que suportaram estes desmandos formativos?
Darão o salto ou replicarão a receita?
No mundo que corre e no país em questão, parece que, pelo menos para breve, não há razão para muita esperança.
Ricardo Furtado