Aumenta em 2016 o número de nascimentos em Portugal
A notícia que destaco hoje, e que nos traz um pouco de esperança, anuncia o aumento do número de nascimentos em Portugal em 2016, o que vem atenuar ligeiramente o grave problema da baixa natalidade.
Segundo o Expresso, nos primeiros 11 meses do ano, “… foram rastreados 80.399 recém-nascidos, mais 2760 do que em 2015 e mais 4946 do que há dois anos.” Porém, Portugal continua a ser um país envelhecido, com a segunda pior taxa de natalidade da Europa, visto que se registaram 8,3 nascimentos por 100 mil habitantes, enquanto que a média da União Europeia é de dez bebés por cada 100 mil pessoas. O mesmo jornal acrescenta que a idade média das mulheres no momento do nascimento do seu primeiro filho é de 30,2 anos em 2015, ao passo que, em 2000, era de 26,5 anos, e esse facto está associado ao adiamento do nascimento ou à inexistência de outros filhos.
Esta é certamente uma realidade muito próxima dos professores, uma vez que este grupo profissional é maioritariamente constituído por mulheres, que sofrem o problema do desemprego e instabilidade profissional, que as obriga a deslocarem-se durante anos consecutivos para outros lugares muito afastados da residência de família. De ano para ano, estas professoras podem ficar em diversas localidades, o que implica, para além das muitas despesas adicionais, a adaptação a realidades diferentes, o que não é desejável para o crescimento saudável de uma criança e será uma causas do adiamento do nascimento dos filhos.
A notícia anuncia o aumento do número de nascimentos, mas é urgente a adoção de medidas concretas de proteção à família, o respeito pela estabilidade profissional e pelos horários de trabalho.
Paula Rodrigues