Artigo:Astérix nunca morrerá

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Astérix nunca morrerá

Esta semana o mundo dos livros ficou mais triste com a partida de Uderzo. O ilustrador francês dos heróis gauleses Astérix e Obélix morre aos 92 anos. Quem não conhece a famosa e intemporal série de banda desenhada que nos deu a conhecer a irredutível aldeia gaulesa e os seus habitantes que teimosamente resistem ao invasor romano?

O ilustrador francês, que em jovem quis ser palhaço ou mecânico, em 1959, junta-se a Goscinny e juntos criam este maravilhoso universo de druidas, poções mágicas, bardos, menires, personagens que vestem bragas e possuem nomes estranhos terminados em –ix (Astérix, o Gaulês, de 1959).

Há quem defende que após a morte de Goscinny (1977), as aventuras destes heróis gauleses nunca mais foram as mesmas, mas a verdade é que devemos à persistência e à determinação de Uderzo a continuação da publicação de novas aventuras que acompanharam gerações durante meio século, tornando-a uma das bandas desenhadas mais marcantes de sempre. (Astérix, A filha de Vercingétorix, de 2019).

A história de Astérix é muito mais do que uma simples história em quadradinhos, é uma história de David contra Golias, é a história de uma aldeia minúscula e insignificante e de um povo que, apesar de cercado por um invasor poderosíssimo, contra todas as expetativas, resiste à sua anexação até ao último homem. Em suma, é uma história de esperança e de luta por uma causa comum. E é por isso que Astérix nunca morrerá.

Sílvia Timóteo