Artigo:Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP): Terrorismo Encomendado

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A AEEP acaba de enviar à FENPROF (presumo que também aos outros sindicatos) uma proposta de denúncia do contrato coletivo em vigor. Pretende revê-lo de modo a impor aos docentes (e também aos não- docentes) um horário semanal de 40 horas, das quais 30 podem ser letivas, e sem diferenciação entre a componente não letiva a cumprir no estabelecimento e a componente individual, ou seja, o professor e o educador cumpre 40 horas no estabelecimento e vai preparar as suas aulas para casa… Além disso, pretende a AEEP conseguir que as férias possam ser marcadas nas interrupções da atividade letiva (Natal e Páscoa) e que, fora dos tempos de atividade letiva, o docente possa ser obrigado a exercer quaisquer funções – letivas ou não letivas.

Na proposta terrorista da AEEP, o salário de topo passaria dos atuais 3000 euros para 1900 euros (salários brutos), com reduções em todos os outros escalões e a mudança de escalão aconteceria de 8 em 8 anos (atualmente é de 4 em 4!)

É uma proposta infame. Mas é muito provável que tenha sido o próprio MEC a “soprá-la”: afinal de contas não insiste ele em aproximar as condições de trabalho entre o público e o privado? É por isto que esta proposta da AEEP não é apenas infame para quem trabalha no privado, mas é também uma ameaça para quem trabalha no público.

Claro que não vamos aceitar e temos de derrotar estas provocações miseráveis.

António Avelãs