“Assistimos a uma judicialização dos conflitos laborais”

Hoje, 30 de setembro, proponho a leitura não de uma notícia no sentido restrito do termo mas da entrevista ao professor António Casimiro Ferreira, no Público (pag 22 e 23), conduzida por Raquel Martins.
Para “aguçar o apetite”, transcrevo uma pequena (mas significativa) passagem: “A emergência deste novo sindicalismo reivindicativo resulta da combinação de duas causas: o processo a que estamos a assistir de desgaste da democracia, combinado com a emergência do populismo”. Populismo que Casimiro Ferreira denuncia como política de direita, dando como exemplos a França e a Áustria.
Casimiro Ferreira sublinha também os efeitos nefastos da desqualificação do trabalho e do direito do trabalho imposta pelo grande patronato (e nós lembramo-nos das “revisões laborais” que vêm acontecendo em Portugal…). O entrevistado considera ainda que o chamado “novo sindicalismo” assenta na procura da exceção, do individualismo, do imediato, por contraponto à noção de defesa dos direitos coletivos, globais, perspetivando o futuro e não apenas o imediato.
A ler!

António Avelãs