Assim não!
Sabemos hoje que o SARS-Cov-2 é altamente transmissível e será dentro de pouco tempo, finais de Setembro a princípios de Outubro, responsável por 1 000 000 de mortes em todo o mundo.
Sabemos também que mesmo em situações muito controladas mas de grande proximidade, como nas equipas de futebol profissional, o índice de contaminação é muito elevado.
Todos ouvimos dizer que são múltiplas e variadas as formas de contagio
por este novo vírus e que a melhor forma de proteção é, sem dúvida, o distanciamento físico entre as pessoas.
Temos ouvido e lido repetidamente que o SNS não tem capacidade para enfrentar devidamente um grande numero de infetados com necessidade de internamento hospitalar.
Perante toda esta informação, que todos conhecemos, pergunta-se: e as Escolas, senhores?
Não foi preciso esperar muito tempo para perceber, como os resultados do inquérito realizado pela FENPROF junto de umas centenas de diretores de Escolas e Agrupamentos já faziam crer, que os estabelecimentos de ensino não estão devidamente preparados para receber de forma segura toda a comunidade escolar.
Como em seu tempo avisamos, era preciso fazer muito mais, levar muito mais a sério a pandemia, para garantir uma reabertura plena e duradoura dos estabelecimentos de ensino, e não vale a pena enumerar aqui a quantidade e qualidade de recomendações a que o ME teve acesso, vindas das mais variadas proveniências diretamente interessadas no processo.
Neste momento, na grande maioria das escolas portuguesas, estamos a experienciar uma enorme sensação de insegurança e mal- estar. Sente-se.
Há gente a mais, ao mesmo tempo, nas escolas. Isto não podia estar a acontecer desta forma.
Ricardo Furtado