As mulheres docentes do Ensino Superior

As conclusões do projeto «GE-HEI – Igualdade de Género nas Instituições de Ensino Superior» foram apresentadas esta semana.

A título de exemplo, de acordo com os dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência referidos no estudo, apesar de o número de mulheres professoras do ensino superior, universitário e politécnico, ter aumentado nos últimos 20 anos, os homens continuam em maioria, e apenas cerca de um quarto das mulheres alcança a categoria de topo da respectiva carreira. 

Estes resultados foram apresentados na Conferência Final «Igualdade de Género nas Instituições de Ensino Superior: conhecer a realidade para a transformar», realizada no dia 13 de Fevereiro, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa.

No sistema de extrema exploração em que vivemos, caracterizado no ensino superior e na investigação científica pela precariedade, desvalorização das carreiras, falta de participação e democracia, estímulo à competitividade e individualismo, as mulheres são duplamente discriminadas.

O SPGL e a FENPROF há muito que denunciam as diversas desigualdades de que são alvo as mulheres docentes e investigadoras e continuarão a lutar, com elas, pela efectivação dos seus direitos no trabalho e na vida.

Margarida Ferreira