Artigo:As fantasmagorias de Paulo Portas

Pastas / Informação / Todas as Notícias

A minha costela masoquista levou-me ontem (30 de outubro) a ouvir o discurso de Paulo Portas supostamente sobre a “reforma do Estado”. De entre muitas coisas estranhas e sem sentido que me foi dado ouvir, registei:

 

- que Paulo Portas imagina que as famosas “escolas com autonomia” conduziram a brilhantes projetos educativos. Não há nenhuma evidência quanto a essa crença. Paulo Portas não sabe de certeza o que é um projeto educativo. (Mas ouvi-lo falar do que não sabe já é habitual)

 

- que um conjunto de professores/educadores se junte para fundar escolas, não é novidade. Desde longa data houve cooperativas de ensino. Umas funcionaram bem, outras terminaram em tribunal e em guerras nada dignificantes (a cooperativa detentora da Universidade Moderna, por exemplo). Mas nenhuma delas conseguiu substituir as escolas públicas – só estas possibilitaram a democratização do acesso à escola, em todos os níveis de ensino e, infelizmente em menor grau, o sucesso dos nossos alunos.

 

-o cheque ensino: defendê-lo, como instrumento de justiça social é apenas uma crença irracional face à experiência de outros países que o aplicaram e já o abandonaram e aos numerosos estudos que evidenciam a sua perversidade.

 

Mas a estes ideólogos do ultra liberalismo tudo serve – mesmo fazer triste figura – para destruir o Estado social… Haverá sempre quem lhes pague.