Artigo:Aquilo que não tem sido dito no debate sobre a "Ciência em crise", opinião de JM Fernandes - por M. Pereira dos Santos

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 por M. Pereira dos Santos

O JM Fernandes já se distinguiu, em todo o tempo como diretor do Público, como um simples e fiel “his Master’s voice”…

Aqui serve de “eco” ao presidente da FCT (Miguel Seabra) e ao Nuno Crato (de quem foi colega de militância nos seus tempos bem idos de “esquerdismo”!)… com exatamente os mesmos argumentos, e até as mesmas estatísticas lidas à moda “conveniente”… e falando sobre o que ignora! Já não bastava a ANICT transformar-se em agência para-governamental (que faz comunicados “esclarecendo” os comunicados da FCT!!!)… foi necessário trazer ao debate, em socorro de uma FCT opaca e avessa à sua própria legalidade, este personagem de opereta que papagueia o que lhe encomendarem… 

Por isso, como contraponto, leiam as posições dos vários sindicatos (da Fenprof, e Snesup), da ABIC e da “Plataforma para a Defesa da Ciência e do Emprego Científico”… para além dos avaliadores (alguns dos quais  se demitiram por isso) do painel de Sociologia e de Antropologia, do Conselho dos Laboratórios Associados… e até (timidamente…) do CRUP… Claro que parece que são todos estes que estão a ver mal… 

Enfim, parece que uma carreira bem adequada e “competitiva” é uma corrente, de preferência intermitente, de bolsas (cujo valor está bloqueado há 12 anos!) e precaridades sucessivas… e afinal o regime dos estatutos de carreiras universitária e politécnica é que está errado! 

Aspeto curioso é que nenhum destes “personagens” aplique a si próprio as alarvidades que propõe para os outros!!! Ou não será? 

Este é um desabafo em solidariedade com os milhares de investigadores, em grande parte doutorados, que este governo condena ao desemprego ou à emigração.



 

M. Pereira dos Santos

(Prof. Catedrático)

Univ. Évora - Dept. Física

e

CeFITec - FCT/UNL