Artigo:Amigos da onça

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A mal afamada Dr.ª Maria de Lurdes Rodrigues resolveu (?) armadilhar o caminho ao seu sucessor (por acaso, sucessora), talvez no inconsciente pressuposto de que ele fosse um “adversário político” oriundo do PSD ou CDS-PP. Só com esta malévola intenção se pode perceber a marcação dia 30 de Outubro para que as escolas divulgassem o calendário para a realização de uma avaliação que, todos o sabiam, urgia modificar e, numa primeira fase, pura e simplesmente suspender. Bastaria ter um reles calendário à sua frente para que a Sr.ª doutora percebesse que, sendo as eleições a 27 de Setembro, no final de Outubro não haveria ainda nem governo nem parlamento em exercício normal de funções, pelo que as escolas se veriam ante o dilema de não obedecer à lei, imposta no final do ano lectivo passado, ou iniciar um processo de avaliação com morte anunciada. Claro que o apregoado superior interesse das escolas e dos alunos não “foi tido nem achado”. Armadilhar parece ter sido a intenção. A mesma intenção que terá presidido à possibilidade de apresentação do trabalho para candidatura a um hipotético concurso  para titular – “categoria” com forte probabilidade de acabar face à posição da maioria dos deputados eleitos – ou a regulação de um exame de ingresso cuja primeira edição será no final deste ano lectivo! Mais do que uma “pesada herança – e ai se o é! – este armadilhar do caminho futuro aparenta ser uma acto mesquinho revelador de uma falta de “sentido de estado.” As nossas escolas, os nossos professores, os nossos alunos não merecem isto! Como vencer estas armadilhas – eis o desafio que se impõe a quem quiser seriamente que as escolas saiam do poço profundo em que a insensata arrogância as mergulhou. E todos não somos demais para essa tarefa.

 

António Avelãs