Artigo:ADSE - grandes grupos da saúde querem destruir o regime convencionado

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ADSE - grandes grupos da saúde querem destruir o regime convencionado

Este é o título que surge em alguma imprensa de hoje e que deve merecer por parte de todos os beneficiários deste regime a máxima atenção.

O economista Eugénio Rosa, representante dos beneficiários no Conselho Diretivo da ADSE, denuncia a falta de ética de alguns grandes prestadores de cuidados de saúde, como a LUZ e a CUF, e de médicos, a estratégia de fuga a preços controlados, a criação de um Regime Livre paralelo para os beneficiários da ADSE, a tentativa de destruição do Regime Convencionado e a utilização abusiva de dados pessoais dos beneficiários, para fazer propaganda comercial e criar ruído.

Após a entrada em vigor das novas Tabelas do Regime Convencionado da ADSE no passado dia um de setembro, alguns beneficiários viram-se confrontados com o facto de atos médicos agendados antes da entrada em vigor da nova tabela não poderem agora ser realizados  no âmbito do Regime Convencionado, mas apenas em Regime Livre ou, nos casos da CUF e LUZ, no âmbito do que denominaram de “Tabelas de Preços Especiais para a ADSE, IASFA e PSP”, que funcionam na modalidade de Regime Livre, o que vem muitas vezes multiplicar o preço que o beneficiário iria pagar.

Em relação às novas tabelas da ADSE, alguns prestadores selecionam os atos onde obtêm uma margem maior de lucro e associam esses atos às convenções; em relação aos restantes atos (consultas, exames, cirurgias), pretendem que os mesmos sejam faturados em Regime Livre para poderem cobrar os preços desejados. Alguns médicos têm se associado a este comportamento para ganharem mais, mas outros têm sido “empurrados” para o Regime Livre com a ameaça de redução significativa dos honorários que recebiam se ficassem no Regime Convencionado.

Outra situação abusiva prende-se com a utilização de dados pessoais dos beneficiários, disponibilizados para efeitos de saúde, nomeadamente pelos grupos CUF e LUZ, com objetivos meramente comerciais, divulgando as suas “Tabelas de preços especiais – ADSE, IASFA e PSP”. Com este procedimento, conseguem confundir os beneficiários (muitos têm pensado que essas tabelas são as novas tabelas da ADSE) e, aproveitando a confusão gerada pela nova tabela que eles próprios estão a criar, contribuem para destruir o Regime Convencionado.

Neste contexto em que o Regime Convencionado, vital para os beneficiários, está a ser fortemente atacado pelos grandes prestadores, é importante que os beneficiários informem sempre a ADSE se se virem confrontados com comportamentos abusivos.

 

https://www.eugeniorosa.com/shared/docs/2021/09/37-2021-falta-etica.pdf (texto com algumas alterações).

Paula Rodrigues