A teoria do fecho!

Por esta hora a noticia que se aguarda é o anuncio de mais um fecho das escolas.

É uma expressão terrível esta  "Fecho das Escolas"! Se atentarmos bem ao seu significado, até arrepia.

Ninguém mais que nós, porque estamos em muitos casos dos dois lados do problema enquanto professores e, por outro lado, pais, avós ou encarregados de educação, sabe o custo real do fecho das escolas.

Estamos dos dois lados e sabemos!

Este é um fechar diferente. Podia ter sido evitado, pelo menos na sua magnitude, se a posição inegocial do Ministro da educação tivesse sido outra, se tivesse ouvido os professores e as propostas que as suas organizações repetida e abundantemente elaboraram para melhor preparar uma escola sempre aberta em pandemia.

Este fecho intermitente é, em grande parte, da inteira responsabilidade do Ministério da Educação e "fechar" não prepara as escolas para funcionarem em pandemia, aliás, prevendo que poderia voltar a acontecer o ME pouco ou nada fez para garantir a inclusão dos alunos mais desfavorecidos.

Desiludam-se os que pensam que este fecho, entre o paliativo e a panaceia, irá resolver o problema da pandemia.

Em desespero, viramo-nos agora para a escola, aguardando mais um milagre português.

Por si só, este fechar as escolas que agora se tornou inevitável para  minimizar os contágios, não irá acautelar a sua  reabertura duradoura e o grave é que essa preocupação não parece clara na postura deste Governo.

Enfim, lamentavelmente, amanhã nada de novo.

Ricardo Furtado