A Sociedade, a Economia e o Voto
Aproximam-se as eleições legislativas de 2019.
Votar é um dever, é mesmo uma obrigação inquestionável. Votar é, sem duvida, útil.
Mas o que é o Voto útil?
No contexto actual das democracias modernas, poderá o voto mudar efectivamente o rumo das politicas, sócio-economicamente arrasadoras, da sociedade Global?
O que pode o voto contra a voragem da Economia de Mercado?
Quantos de nós já vimos o nosso voto completa e inapelavelmente adulterado pelo execução de medidas altamente gravosas e contrárias ao aprofundamento de uma sociedade mais justa e aprazível para todos?
O Voto não pode ser uma carta em branco. Temos, todos em conjunto, que encontrar formas de exigir que o sentido do nosso voto seja respeitado.
Será pela exigência expressa do nosso Voto que alcançaremos os padrões de desenvolvimento social que ambicionamos. Neste sentido, cabe a cada um de nós, a todo o momento, vigiar e defender as intenções que estiveram na base da nossa escolha eleitoral.
Para bem da nossa democracia, não podemos continuar a aceitar que seja igual, após as eleições, ter votado no PS ou no PSD, no BE, na CDU ou no Livre, no CDS ou no Chega ou na Iniciativa Liberal ou nos Nacionalistas ou no PPM ou na Aliança.
No próximo dia 5 de Outubro estaremos em Lisboa celebrando o nosso Dia Mundial e mostrando ao país que sabemos muito bem quem são aqueles que não respeitam o sentido do voto da maioria dos Portugueses.
Ricardo Furtado