Ao reconduzir Tiago Brandão Rodrigues na pasta de Educação, António Costa revela pouco respeito pelos Professores. Este foi o Ministro que não resolveu o roubo do tempo de serviço, que não resolveu as ilegalidades que afetam o horário de trabalho dos docentes, que não resolveu as questões da aposentação, que manteve níveis de precariedade elevados, que violou o direito à negociação e que tentou limitar o direito à greve.
Este foi o Ministro que durante o mandato, em momentos cruciais de negociação ou de crise, quando a sua presença era exigida, simplesmente desaparecia, obrigando os seus Secretários de Estado a assumirem a condução e resolução dos processos.
Aos problemas que permanecem podem vir a acrescentar-se outros, nomeadamente a já anunciada intenção de rever o ECD. A recondução de um ministro como Tiago Brandão Rodrigues é um péssimo prenúncio do agravar da conflitualidade. Teremos o renovar do tristemente célebre aforismo de Lurdes Rodrigues: “Perdi os professores, mas ganhei a população?” (O que, aliás, parece não ter ganho…)
Não se conhecem ainda os secretários de Estado que completarão a equipa do Ministério da Educação. Bem precisamos que sejam capazes de se impor a um pseudo- ministro, a quem os professores desejam “ver pelas costas” o mais depressa possível.
José Feliciano Costa