Artigo:A maior ameaça para uma educação de qualidade para todos

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A maior ameaça para uma educação de qualidade para todos

Durante o segundo dia da conferência internacional que reuniu em Roma líderes sindicais e peritos de organizações de mais de 30 países diferentes da OCDE, foram abordadas as ameaças iminentes por detrás da crescente mercantilização e privatização da educação.

A Educação como uma mercadoria

“A Educação pública, gratuita e universal continua a ser um pré-requisito fundamental para conseguirmos um mundo melhor”, disse Susan Hopgoo, Presidente da Internacional da Educação durante o seu discurso de abertura. Exprimiu as preocupações de muitos dos participantes, quando rotulou a contínua pressão no sentido da privatização e mercantilização do ensino como a maior ameaça a uma educação de qualidade para todos.

“Está-se a dar cada vez mais importância à educação como um mercadoria, um bem privado, por oposição a bem público, societal: está-se a minar a coesão e a democracia”, disse.

Internacional da Educação, 06/04/2016

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Por cá, no jardim à beira mar plantado, vive-se um momento de calmaria expectante, ainda um pouco aliviados pelo fim recente do consulado de direita e da sua pressa em entregar aos amigalhaços e tubarões maiores as tão almejadas rendas pêpêpescas.

Mas a coisa move-se, as gerigonças não param, sendo que as movidas pelo faro do lucro se insinuam assaz convincentes pela impulsão do vil metal, aqui e ali a tentar a fraca carne, espírito e alma de políticos, cientistas, jornalistas, etc., que, de repente, se acham a pular e a avançar na mirífica facilidade da liquidez avantajada. Conquanto a língua e a pena escorram em ladainhas plenas de palavras como meritrocracia, liberdade, competitividade, ajustamento, e outras miraculosas e santificadas palavras.

Tarda uma definição clara no que toca ao estatuto do ensino particular e cooperativo, tarda um qualquer sinalzinho que não seja aquele contrito amén do governo, aparentemente contrariado, de dar ao ensino privado as verbas que o Crato lá arranjou à última hora para o rapazes, na forma de novas turmas a financiar.

Há que escorraçar os vendilhões do templo, há que ganhar terreno.

João Correia