A luta na investigação e no ensino superior nos EUA e no Reino Unido
No dia em que termina o acampamento da FENPROF em frente ao Ministério da Educação, um protesto que se integra numa luta que continua, fica uma nota sobre o regresso ao trabalho dos investigadores da Universidade da Califórnia que estiveram em greve entre Novembro e Dezembro e que prometem também continuar a lutar.
A greve, considerada a maior do sector do ensino superior e investigação nos EUA, durou cerca de seis semanas e nela participaram dezenas de milhares de trabalhadores. O resultado imediato foi a conquista de aumentos salarias significativos e de outros benefícios.
O movimento sindical e a luta dos trabalhadores do ensino superior e da investigação está a crescer nos EUA. Esta greve histórica contribuiu para este reforço. E foi o mais recente exemplo da luta em desenvolvimento na academia, tendo havido greves no ano passado em várias universidades dos EUA, como também no Canadá e em países europeus, pelo aumento dos salários, contra a precariedade, por melhores condições de trabalho.
No Reino Unido foi anunciada ontem uma greve dos trabalhadores do ensino superior, de mais de duas semanas, entre Fevereiro e Março, pelo aumento dos salários, contra os cortes nas pensões e a precariedade.
Estes exemplos comprovam, por um lado, que os problemas do sistema capitalista neoliberal são os mesmos em qualquer parte, e, por outro, não só que a luta é necessária e indispensável, mas também que é a única forma de alcançarmos as nossas reivindicações.
Também em Portugal a luta dos professores, educadores e investigadores continua, por melhores condições de trabalho e de vida!
Margarida Ferreira