Artigo:A luta continua

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 Um “não ao maior despedimento da história do ensino”, a recusa dos contratos mensais, a exigências de vinculação e de transparência nas colocações, foram algumas das exigências presentes no protesto que juntou cerca de duas centenas de professores na 5 de Outubro.  

“Há um problema de fundo, que é o responsável por tudo o que se está a passar – que é o desemprego: esta é a questão de fundo, independentemente de os que ficaram de fora serem os mais ou menos graduados. Este ano estão desempregados mais 10 mil professores que o ano passado”, disse Mário Nogueira na sua intervenção.

A concentração teve como objectivo protestar contra a situação gerada pela confusão lançada no processo de colocação de professores, deixando por colocar os candidatos mais graduados que, por isso, estavam nos primeiros lugares da lista graduada. Uma confusão que a FENPROF sublinha ser da responsabilidade do MEC.

“O Ministério diz que o sistema funcionou sempre bem. É verdade. Aqui estamos perante uma situação que indicia – e estamos a falar de um concurso público e em que portanto se exige ainda mais rigor e transparência – manipulação dos dados”, denunciou Mário Nogueira.

Face a esta situação a FENPROF vai apresentar queixa na Procuradoria-Geral da República, por considerar que houve uma clara intenção de privilegiar os contratos mensais.

Irá ainda entregar na AR - na Comissão de Educação, na Comissão de Administração Pública e na de Direitos, Liberdades e Garantias - uma queixa para que exerça o poder que tem de fiscalização também destes concursos públicos.

Na concentração – que depois se converteu numa manifestação que se dirigiu para as instalações do MEC nas Laranjeiras – foram unânimes e insistentes os apelos à luta na rua. Como forma incontornável de fazer face às políticas do MEC e do governo.