Artigo:A Europa censurou a Sputnik e a RT, sem pensar que estava a usar os métodos de Putin

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A Europa censurou a Sputnik e a RT, sem pensar que estava a usar os métodos de Putin

No Público de sábado, 19 de março, com o insinuante título: “A Europa censurou a Sputnik e a RT, sem pensar que estava a usar os métodos de Putin” Ana Sá Lopes, afirma “A decisão do Conselho Europeu vai contra todos os seus princípios relativos à liberdade de expressão – e mesmo a liberdade de expressão de propaganda – infantiliza os seus cidadãos, e é algo ultrajante e indigno da terra da liberdade de expressão".

Não é de estranhar a minha escolha de notícia, estando na ordem do dia a discussão sobre o tema da Ucrânia uma vez que se pode tornar um ponto de partida sobre uma reflexão mais aprofundada. Mas também não é de estranhar dado o meu estatuto de europeia e cidadã de um país que faz parte da União Europeia, fazendo com que me identifique com muito do que se afirma neste texto.

- Segundo Ana Sá Lopes já foi várias vezes explicado: “o risco de a União Europeia, que se reclama dos valores da liberdade, adoptar práticas censórias iguais às de Vladimir Putin – que, logo a seguir à decisão do Conselho Europeu sobre a RT e Sputnik, baniu a BBC e a Deutsche Welle, entre outros órgãos europeus, privando os cidadãos russos de ter a visão europeia que evidentemente Putin classifica como “propaganda”.

Refere igualmente que “Além da decisão da União Europeia ir contra todos os seus princípios relativos à liberdade de expressão – e mesmo a liberdade de expressão de propaganda – como a Federação Europeia de Jornalistas já denunciou, o facto de infantilizar os seus cidadãos, considerando que são incapazes de distinguir, ler e pensar, é algo ultrajante e indigno da terra da liberdade de expressão.”

A análise de Ana Sá Lopes pode aclarar uma reflexão mais longa sobre o assunto do momento, a Ucrânia, a União europeia, os Europeus e a Rússia. E eu atrevo-me ainda a dizer que não somos todos acéfalos e que por isso esta não deixa de ser uma nódoa… grande…muito grande… da união europeia.

Ana Cristina Gouveia