A desvalorização do trabalho e dos trabalhadores docentes na SCML
António Quitério
| Dirigente sindical |
Mais um ano escolar e aos docentes na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa continua a não ser respeitado o acordado em AE sobre o horário de trabalho, no que respeita à organização das componentes. Sendo esta uma das razões da luta, com o envolvimento outras há, como a não existência de aumentos salariais desde 2017, ou apenas uma vez desde 2019 ter sido desenvolvido o processo de progressão, quando devia de ser anual.
Os sindicatos que compõem a CNS, coordenada pelo SPGL, têm denunciado o que consideram irregular por parte da Mesa, inclusive junto do Ministério Público e correm os seus termos no DCIAP.
Com a alteração da Mesa, os sindicatos foram confrontados com a impossibilidade de assinatura da revisão do AE devido à situação financeira da instituição – assunto público. A sua assinatura permitia alguma alteração de posicionamento remuneratório e um aumento salarial. Considerando que a Mesa fez desde sempre depender os aumentos salarias da assinatura do AE, posição inaceitável e sempre manifestada pelo SPGL.
Ciente de que o compromisso das partes é pela assinatura da revisão do AE, o SPGL não aceita a sua entrada em vigor, nas condições acordadas, em datas diferentes.
O SPGL e os sindicatos que compõem a CNS continuarão a pautar-se pela defesa dos trabalhadores, por melhores condições de trabalho, pelo respeito e melhoria do acordado, pela dignificação e respeito e, nesse sentido, foi solicitada mais uma vez audiência à Senhora Ministra do Trabalho, foram feitas denúncias junto da comunicação social e solicitada audiência a Grupos Parlamentares.
Texto original publicado no Escola/Informação n.º 305 | Setembro 2023