Artigo:A Avaliação dos Alunos no Básico

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A Avaliação dos Alunos no Básico

As anunciadas alterações na avaliação dos alunos no ensino básico têm provocado –sobretudo à direita, mas não só – alguma contestação. Não tanto pelo seu “conteúdo”, mas porque , alega-se, “não procuraram o consenso” ou porque alteram o que ainda há pouco fora introduzido. A esta argumentação há que contrapor que no que se refere aos exames no 4º ano de escolaridade Nuno Crato os impôs sem qualquer consenso e à revelia da quase unanimidade das opiniões de pais, professores e especialistas em educação. Trata-se, pois, neste caso, apenas de repor a normalidade e por termo a um ato absolutamente sem sentido. Mesmo no caso dos exames no 6º ano, a divisão entre os interessados é significativa e a sua introdução também esteve longe de ser consensual. Significativamente, mantêm-se os exames no 9º ano – aqueles que merecem uma maior aprovação entre pais, professores e especialistas, apesar de fundamentadas opiniões contrárias à sua realização. Ou seja, o bom senso parece ter regressado.

A questão que agora se deve colocar é outra: como aproveitar as “provas de aferição” para de facto melhorar o sistema de ensino. É necessário que desde já se crie uma equipa muito competente para acompanhar e avaliar o processo e, a partir dele, propor as medidas adequadas que conduzam à melhoria das aprendizagens e à redução do insucesso.

Uma outra questão, talvez menor, é a necessidade de conciliar a realização destas provas de aferição com o normal decorrer das atividades letivas. As provas devem ser realizadas no fim do ano letivo – o que complica a vida organizativa das escolas…

Estamos no bom caminho. Há que não ignorar as dificuldades.