Se cada uma destas casas tiver, em média, 3 pessoas, estamos a falar de 1 milhão e 968 mil seres humanos. Se tivermos em conta os milhares que entretanto já perderam a sua habitação, pelo mesmo motivo, chegaremos a um número impressionante: entre 2 a 3 milhões de portugueses a quem não é possível usufruir de um dos mais elementares direitos: o direito à habitação. Os mais felizardos regressam a casa de familiares; outros à pensão das estrelas.
Outros números – há números para todos os gostos! - indicar-nos-iam que os mais ricos se tornaram, durante ”a crise”, ainda mais ricos. Sinais de um profundo “deslaçar” social que nos vai empurrando para o abismo. Portugal – são ainda os números que o indicam – é um sério candidato a figurar no pódio dos países com maior desigualdade social na União europeia.
Dirá quem manda: são efeitos colaterais da economia de mercado…