Artigo:31 de Agosto, Jornal I: “Somos muito bons a trabalhar muito e mal.” “Trabalhamos mais 486 horas por ano que os alemães (…)”

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31 de Agosto, Jornal I:

“Somos muito bons a trabalhar muito e mal.” “Trabalhamos mais 486 horas por ano que os alemães (…)”

Ou seja: essa coisa de terem andado a dizer que éramos preguiçosos e que precisávamos de trabalhar mais foi apenas mais uma das mentiras que nos pregaram. E mostra bem que a decisão de aumentar na função pública o horário semanal para as 40 horas não faz qualquer sentido. Não há relação entre o número de horas de trabalho e a produtividade. A produtividade depende sobretudo da qualificação de gestores e trabalhadores, que é baixa, como sublinha o artigo de Bruno Faria Lopes no Diário Económico de 31 de Agosto no artigo “Portugal e os próximos 900 mil desempregados”. Pode pois afirmar-se que a política de profundo desinvestimento na Educação (em todos os níveis de ensino) prosseguida pelo governo de Passos Coelho é suicida. Sem uma educação de elevada qualidade estaremos condenados a trabalhar mais mas a produzir menos e pior. Estaremos a construir um Portugal sem futuro, onde o desemprego tenderá a acentuar-se, como refere o citado artigo de Faria Lopes.

Apostar no futuro implica apostar forte na educação – a prática deste governo foi exatamente em sentido oposto. É preciso pôr-lhe fim.

A. Avelãs