Artigo:Uma má notícia: mais 651 turmas oferecidas aos colégios privados!

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Uma má notícia. Má, mas não inesperada. Na página 9 do dia 24 de agosto, o Público noticia a criação de novas 651 turmas oferecidas a colégios privados com base nos contratos de associação. Novas turmas que se somam às 1100 já existentes. Pagar a colégios privados para fazer  um trabalho social que pode ser feito nas escolas públicas é um bom exemplo de péssima gestão dos dinheiros públicos - é desviar para o privado dinheiro dos contribuintes. Neste regabofe (na visão da direita que nos governa, o Estado parece servir apenas para facilitar a vida da iniciativa privada) também há lugar para o grupo GPS, o tal sobre o qual decorre uma investigação no DIAP por uso ilícito de dinheiros transferidos pelo Estado..

Em linha com a diminuição do número de crianças e um (lento) aumento da oferta pública, o anterior governo do PS diminuiu sensivelmente o número de turmas concessionadas aos colégios privados (através dos contratos de associação) entre 1996 e 2010. Um estudo da Universidade de Coimbra, no tempo da ministra Isabel Alçada, mostrou como era possível uma sustentada diminuição do número destas turmas. A cegueira ideológica que preside às medidas deste governo - o que é público é mau, o que é privado é bom - inverteu esta racionalidade  expandindo o privado à custa dos dinheiros públicos. Para justificar este escândalo, haverá quem sustente que estes colégios são melhores que as escolas públicas, Mas isso é mentira: independentemente das( justas) críticas que lhes possam ser feitas, nos rankings anuais estes colégios privados não se diferenciam dos lugares ocupados pelas escolas públicas da mesma região.

Em nome do uso decente dos dinheiros públicos, precisamos de derrotar este governo.

António Avelãs 

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