Artigo:Stiglitz, Centeno e a Europa

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Stiglitz, Centeno e a Europa

Nas Conferências do Estoril, o Nobel da economia Joseph Stiglitz, questiona-se sobre a ciência económica que define e suporta e mantém e impõe as regras e os números e as linhas vermelhas dos deficits e dos crescimentos e das inflações e das taxas de juro. Assim mesmo, de um fôlego.

Considera que estas imposições, como todos temos visto e sentido, aliás quase todos, prejudicam o desenvolvimento dos países a ela sujeitos, beneficiando, apenas e só, os grandes grupos económicos/financeiros mundiais.

Afirma que a estratégia seguida pela Europa para recuperar economicamente da crise iniciada em 2008, nomeadamente na ajuda aos países mais pobres e endividados, está errada.

Entre nós, o governo suportado e Mário Centeno, de forma algo diferente dos ditames Europeus, têm conseguido "reverter" alguns dos números macro-económicos, considerados basilares para a recuperação e a convergência de Portugal no seio desta cada vez mais frágil Europa.

Lá da cadeira, Schauble, atento no seu propósito, já viu isso e muito mais. Vigilante, metódico e diligente, acrescentou o futebol ao vinho e às mulheres e tratou de incrementar a estratégia de aliciamento a Centeno. Há que o arregimentar, comprometendo-o com as inquestionáveis políticas de alta finança Europeia.

Alguns entre nós, nos estádios e nos bordeis, rejubilam, acreditando que nos reconhecem algum mérito.

Ricardo Furtado